Mãe confronta garoto que chamou mulher de “depósito de p*” e briga viraliza

O momento foi registrado em vídeo e as imagens, em que os dois aparecem até em luta corporal

 

 

Após tomar conhecimento que o filho fez comentários machistas na internet, uma mãe resolveu tirar satisfações com o jovem. O momento foi registrado em vídeo e as imagens, em que os dois aparecem até em luta corporal, foram amplamente divulgadas nas redes sociais. Após a repercussão, o jovem pediu desculpas e a mãe disse que processará o responsável por publicar a gravação. O BHAZ ouviu um especialista em crimes cibernéticos para entender o que pode ou não ser feito pelas partes.

O vídeo começa com a mãe explicando ter recebido uma mensagem sobre o comentário do filho em um grupo privado no Facebook. O jovem teria dito que mulher só serve para ser “depósito de por**”. Um membro do grupo não gostou da postagem e mandou prints para a mãe dele.

A mulher não gostou da atitude e foi tirar satisfação. “Me diz uma coisa, você tem uma irmã, não tem? Você ia gostar se as pessoas denegrissem a imagem da sua irmã?”, questiona em um momento. “Qual o problema?”, retruca o filho. A irmã do garoto foi responsável por gravar o vídeo.

Surpresa com a resposta, a mãe começou a discutir com o filho, até que os dois começaram a se agredir. “Você gostaria que a sua irmã é depósito de por**?”, perguntou a mulher. O filho tenta iniciar um argumento dizendo que o grupo no qual a postagem foi feita é de “meme”.

A discussão com agressões físicas e verbais prossegue por cerca de dois minutos. As imagens foram enviadas para o membro do grupo que denunciou o garoto para a mãe. Ele enviou a gravação para uma pessoa que diz ter sofrido ataques transfóbicos por parte do jovem e o vídeo viralizou.

Mãe e filho se pronunciam

Com a repercussão que o caso tomou, mãe e filho decidiram se pronunciar por meio de outra gravação. O jovem pede desculpas pelo comentário logo no início das imagens. “Fiz em um grupo fechado, uma postagem irônica. Não é tão engraçado assim, porque algumas pessoas se ofenderam. Eu fiz para deixar no grupo lá. Só tem postagem assim, só besteira”, disse.

A mãe dele, por sua vez, explica que estava com muita “raiva e ódio” no momento em que foi tirar satisfações com o filho. “Não sou feminista, não sou machista, muito pelo contrário, sou uma pessoa normal. Quando eu vi aquilo, fiquei revoltada, fiquei chocada”, disse a mulher no início do vídeo.

Segundo ela, o filho não a agrediu, como dizem internautas nos comentários do vídeo. “O **** não me agrediu. Ele me conteve, pois eu estava nervosa demais”.

A mulher ainda afirmou que processará a mulher trans e a ofendeu no vídeo. “O que não pode também é uma trans, sem ter o que fazer… porque ela mandou uma pessoa entrar em contato comigo para me contar o que tava acontecendo. Ela veio como uma louca em cima do meu filho. Essa trans tá ganhando biscoito. Você não conseguiu ganhar dinheiro como uma digital do sexo ou seja o que for, vai trabalhar!”, completou.

Especialista explica

Advogado criminalista e professor de direito penal da UFMG, Túlio Vianna explica, ao BHAZ, que os crimes de calúnia e difamação podem ser praticados em grupos privados de internet, como WhatsApp e Facebook, por exemplo. “Primeiramente, não se pode inventar histórias sobre outras pessoas. Se essa história falsa for um crime, é calúnia, se for um fato desonroso, é difamação. Mesmo se você tiver fatos verdadeiros, mas não tiver como prová-los, também pode ser caracterizado como esses crimes. Em regra, você não pode inventar ou acusar sem provas”, diz.

“Quem repercute uma notícia falsa, sabendo que ela é falsa, também responde pelos crimes de calúnia e difamação”, continua o especialista. Ele explica que as medidas variam para cada caso. “Em juízo, a pessoa pode pedir um acordo, pode se retratar. Ela será responsabilizada, mas pode fazer um acordo”, continua.

Quem for ofendido virtualmente, precisa de um advogado. “Esses tipos de crimes não é somente ir na delegacia, os de calúnia e difamação. Nesses crimes de internet, é preferencial que seja um advogado especializado em crimes cibernéticos”, continua o especialista.

Sobre as penas para quem comete esses crimes, o professor da UFMG explica que a calúnia pode gerar até dois anos de reclusão. A difamação, por sua vez, pode chegar até a um ano de prisão.

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