Indígenas fazem dois terceirizados da Terracap reféns, no Noroeste

Indígenas pedem água e luz em área para onde serão encaminhados, após deixarem a área no Noroeste

 

Indígenas da etnia Guajajara fizeram dois funcionários terceirizados da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) reféns, no início da tarde desta segunda-feira (13) na Aldeia Tekowah, no Noroeste. Os servidores trabalhavam na remoção de um contêiner da autarquia para construção de uma nova via — W9/Noroeste — quando foram feitos reféns. As informações são da Polícia Militar, que recebeu a ocorrência às 13h13.
Os servidores estavam em um caminhão da empresa, que também foi retido pelos índios, e ficaram detidos por cerca de 30 minutos. De acordo com a Terracap, os indígenas impediram o veículo de um empresa terceirizada pela autarquia de alterar a instalação de um container de vigilância.
Os funcionários da Terracap foram liberados após a chegada de representantes da Funai, DF Legal e Defensoria Pública da União. Os indígenas pedem água e luz no local para onde serão encaminhados, após a retirada da aldeia, além de conversas sobre regularização da área. A negociação está em andamento.
De acordo com a Terracap, acordo sobre a desocupação da área, em que passará a via, foi firmado com as etnias indígenas Kariri-Xocó e Tuxá em outubro do ano passado, em cumprimento a decisões judiciais que reconheciam a área como ocupação histórica. A Terracap removeu famílias do local em 8 de julho e, no dia seguinte, as obras de construção da pista foram iniciadas.
Os Guajajara não entraram no acordo com a Terracap por não conseguirem comprovar ocupação histórica. Hoje, no entanto, indígenas da etnia Guajajara, compareceram ao local das obras para pleitear demandas. Uma reunião entre os indígenas, a Terracap e a Defensoria Pública da União foi marcada para a próxima quarta-feira.
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