Iges-DF realizou mais de 27 mil atendimentos odontológicos na pandemia

Serviços de média e alta complexidade no HRSM e no HB foram prestados com o auxílio de 65 profissionais

Com a marca de 27.466 atendimentos odontológicos, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) comemora neste sábado (20) o Dia Mundial da Saúde Bucal. O número foi alcançado de 1º de janeiro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021.
Os serviços são prestados no Hospital de Base (HB) e no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrados pelo Iges-DF, por 65 profissionais da área, ao todo.
Somente no ambulatório das unidades foram contabilizados 17.964 atendimentos (5.050 no HB e 12.914 no HRSM). Já no Pronto-Socorro Bucomaxilo, o total foi de 3.134 atendimentos (379 no HRSM e 2.755 no HB), além de 6.098 procedimentos no Pronto-Socorro Odontológico de Santa Maria. Nas cirurgias de alta complexidade, o Hospital de Base fez 270 cirurgias de urgência e eletivas.
Apesar dos desafios contínuos com a pandemia do coronavírus, os auxílios odontológicos não podem parar. É o que afirma o chefe de odontologia do HB, Ricardo de Pádua. “A falta de atendimento de pacientes graves pode gerar consequências irreversíveis, como a evolução de determinadas patologias e infecções”, explica Pádua.
Fluxo de atendimento
A odontologia no Pronto-Socorro do Hospital de Base e do HRSM é voltada para pacientes em estado grave e com comprometimento dos ossos da face e da cavidade bucal, que precisam de intervenção de emergência ou urgência.
O atendimento é feito pela cirurgia bucomaxilofacial, especialidade que trata dos traumas/fraturas, patologias ou tumores benignos, infecções na face e cavidade bucal. “Trata também de deformidades da face”, explica a dentista Thais Turatti.
Para o tratamento de deformidades faciais é demandado mais tempo, segundo a profissional. “O paciente é recebido e preparado pela Ortodontia, para alinhamento dos dentes por meio de aparelho. Só depois que pode fazer a cirurgia ortognática, para corrigir deformidades”, diz.
Além disso, internados no HB e no HRSM contam com a Odontologia Hospitalar e Intensiva, que atua no tratamento dos focos de infecção ou dor e permite ao paciente estabilizar doenças sistêmicas como hipertensão e hiperglicemia.
Na UTI os cirurgiões-dentistas intensivistas têm papel fundamental na remoção dos focos de infecção, no monitoramento da saúde bucal e na retirada do biofilme da placa bacteriana da cavidade da boca. Essa atuação ajuda a evitar pneumonia por ventilação mecânica nos pacientes intubados, no esforço de que bactérias presentes na boca não alcancem os pulmões. “Quando evitamos essa contaminação, o tempo de permanência do paciente na UTI é menor”, explica o dentista Túlio de Lucena.
Exclusivo do HRSM, o Iges também conta com um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), onde são atendidos pacientes em tratamento na atenção básica que necessitam de procedimentos das seguintes especialidades:
● Endodontia (tratamento de canal);
● Periodontia (trata as doenças gengivais);
● Cirurgia bucomaxilofacial (tratamento dos casos mais complexos de tumores benignos, remoção de dentes inclusos);
● Estomatologia (atua no diagnóstico de lesões da cavidade bucal e prevenção do câncer de boca);
● Disfunção temporomandibular (trata os problemas das articulações da mandíbula);
● Atendimento PCD (atendimento à pessoa com deficiência que não consegue ser tratada no ambulatório, sendo o HRSM a maior referência no Distrito Federal para esse perfil).
Já o Serviço de Radiologia Odontológica do HRSM presta assistência ao hospital, bem como a toda a Região Sul, com exames de imagem e laudos que permitem identificar afecções e agravos do complexo dento-maxilo-facial.
Cuidado com a boca
Há 40 anos, Anaíde Dalva de Medeiros entende a importância do cuidado com a boca. Isso porque ela faz acompanhamentos periódicos ao longo de todo esse período, para tratar das sequelas de um deslocamento na mandíbula, causado em um acidente de carro. A história teve início quando a mulher tinha 24 anos e morava na Paraíba. “Sofri um acidente de automóvel, e, após a colisão, o pneu de suporte saiu e acabou atingindo a minha nuca”, relembra.
Depois de 10 anos da reparação da mandíbula, já em Brasília, Anaíde começou a sentir dores muito fortes e a não conseguir abrir direito a boca. No Hospital de Base, em 1991, ela descobriu uma disfunção temporomandibular, doença chamada de ATM, e lá recebeu o tratamento necessário. O mesmo problema, porém, retornou no ano passado, e ela precisou voltar ao hospital.
“Cheguei ao Base com apenas 20% de abertura da boca e com fortes dores. Já não conseguia mais segurar alimentos na boca, de tão fraca que ela estava”, relata a paciente.
Após a cirurgia, em 2020, Anaíde continuou sendo acompanhada pela equipe de odontologia do HB, que ofereceu sessões a laser para estimular e fortalecer o músculo da boca ao longo de um ano. Esse cuidado é visto como uma forma de carinho e zelo, segundo a paciente. “Eles estão sempre avaliando minha evolução e acompanhando meu estado de saúde. Sou muito grata por essa atenção”, agradece.
Emergência nas UPAs
Para auxiliar nos atendimentos odontológicos, o Iges conta com o suporte das unidades de pronto atendimento (UPAs) de Ceilândia, São Sebastião e Sobradinho, exclusivamente para atendimentos de emergência.  De 1º de janeiro a 28 de fevereiro deste ano, foram prestados cerca de 3 mil atendimentos de emergência.
“São procedimentos que precisam ser resolvidos na hora, como drenagem de abscesso, extração de dente e aplicação de medicações”, explica a gerente da UPA de São Sebastião, Úrsula Naiara. Depois, os pacientes podem ser encaminhados para atendimento em uma unidade de saúde para o tratamento adequado.
Texto: Thaís Umbelino
Fotos: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF
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