Homem com quase 30 passagens pela polícia é morto em perseguição 

O criminoso, considerado de alta periculosidade, estava preso até antes da pandemia, mas teve direito a progressão de regime devido à covid-19

 

 

Um criminoso com quase 30 passagens pela polícia foi morto, na tarde desta quarta-feira (8), durante uma intensa perseguição policial no bairro San Remo, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O homem ganhou direito à prisão domiciliar por causa de uma decisão judicial no contexto da pandemia de covid-19.

De acordo com a polícia, o criminoso estava com dois comparsas em um carro clonado, quando foram abordados em uma blitz, no bairro Cabral, em Contagem, também na Grande BH. Após tentarem fugir da blitz, a polícia começou a perseguir o veículo.

Durante a fuga, os bandidos abandonaram o veículo clonado, um Nissan Versa preto, por causa de um congestionamento no trânsito. Após saírem do veículo, um dos suspeitos, um homem de 26 anos, foi alcançado pelos policiais e acabou preso. Outro homem, que não teve a idade revelada, conseguiu fugir a pé.

O outro suspeito, conhecido como Leander Faustino Pimenta, de 36 anos, deu continuação à perseguição após roubar um veículo oficial da Câmara Municipal de Várzea da Palma, município localizado no norte de Minas. A vítima, um homem de 50 anos, que era o motorista do veículo, estava a serviço na capital mineira, e foi surpreendido quando voltava para casa.

— Na hora que eu parei para olhar o trânsito para conseguir entrar na via, o assaltante chegou e me abordou com a mão na cintura, pegou no meu peito, me tirou do carro, e falou: sai, sai fora.

Ainda segundo a polícia, após o roubo, o suspeito fuigiu com o carro em direção Ribeirão das Neves. Para não ser preso, ele tentou se esconder em uma casa no bairro San Remo. Um jovem de 21 anos que mora no local com a mãe, a  esposa, e uma criança rescém nascida, diz que o criminoso ainda bateu no portão.

— Ele bateu, a minha mãe abriu o portão, pensando que era gente normal, e ele evacuou pra dentro da casa, empurrando ela. A minha mãe saiu correndo, desesperada.

A vítima ainda relata que deixou a família trancada em um cômodo da casa sob a mira do revólver do bandido.

— Tirei minha mãe da sala, e minha esposa e meu filho, coloquei no quarto. E ‘ficou’ a sós, eu e ele, eu tentando acalmar ele. Ele falava assim que ia matar a gente, se a gente não ajudasse ele a fugir da polícia. Que ele tinha que ficar lá, que ele não podia sair, se não ia dar um tiro na minha cabeça, que não sei o que… E a todo instante falando no telefone, e fazendo essas ameaças aí.

Quando a polícia chegou ao local, o criminoso vestiu a roupa da vítima, na tentativa de despistar os policiais. Ele ainda fugiu do local pulando um muro da casa de uma outra mulher que estava brincando com o filho de apenas quatro anos.

— Eu ‘tava’ na frente da casa com meu menino de quatro anos, catando os brinquedos dele. E quando eu olhei pra trás eu me deparei com ele na cozinha, já com o revólver em punho, ‘acionando’ pra mim, e simplesmente ele não falou nada. Ele só fez uma insinuação de silêncio.

De acorco Felipe Oliveira, sargento da PM, o criminoso estava escondido em um dos quartos da casa da vítima, com uma arma em punho.

— Ele já estava coma a arma apontada em direção a porta. Quando nós adentramos o local, nos deparamos com o criminoso de arma em punho e apontada na nossa direção. Foi dada diversas ordens para que ele soltasse a arma. Ele desobedeceu e a gente se viu obrigado a atirar em legítima defesa.

O criminoso baleado foi socorrido pelos policiais, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu no hospital São Judas Tadeu, também em Ribeirão das Neves. Com o homem, os policiais apreenderam um revolver calibre 38, além de cinco munições e um celular.

 

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