Henry Borel: babá muda depoimento e diz que nunca viu agressões de Jairinho

Julgamento da morte da criança de 4 anos começou nesta quarta-feira (6/10); babá foi a última testemunha a ser ouvida

 

A babá do menino Henry Borel, morto em março deste ano, Thayná Oliveira Ferreira, mudou o depoimento mais uma vez ao ser ouvida na madrugada desta quinta-feira (7/10). Ela foi a última testemunha a depor no primeiro dia de audiências do julgamento da mãe da criança, Monique Medeiros, e do padastro, Dr. Jairinho. Dessa vez, Thayná disse que nunca viu o menino ser agredido por Jairinho e que se sentiu ameaçada por Monique.

Ao começar o depoimento, Thayná pediu para que Monique se retirasse da sala de audiência. Em seguida, ela disse que a mãe  da criança  a fazia imaginar que Jairinho estava fazendo mal ao menino. “No meu entendimento era a Monique que me fazia acreditar em muita coisa e por isso a minha cabeça estava transtornada e eu começava a imaginar um monstro, mas ali no quarto poderia não estar acontecendo nada e eu estava imaginando um monte de coisa”, disse.

A versão é diferente das duas apresentadas anteriormente. No depoimento na delegacia, a babá disse, em março, que não percebia nenhum problema na relação da família. Já em abril, ela disse que tinha presenciado o padrasto agredindo a criança e que teria mentido à polícia a pedido de Monique.

Além da babá, outras nove pessoas foram ouvidas nesta quarta-feira. As próximas audiências estão marcadas para 14 e 15 de dezembro.

Outros depoimentos

Também depôs, nesta quarta, o pai de Henry, Leniel Borel. Ele falou que observou que a criança não queria ir para a casa da mãe. “Ele se agarrava ao travesseiro pra não ir embora com ela. Ela começou a me ligar pra pedir ajuda, porque nos fins de semana, ele não queria voltar pra casa, eu conversei com ele. Eu fui falar pro Henry que a mãe tava lá embaixo e ele se agarrou no travesseiro falando ‘Não, papai, não quero ir’. Quando ele viu a Monique, começou a chorar”, disse.

No inicio da audiência, a sessão ainda foi marcada por uma discussão entre o advogado de defesa de Monique e um promotor. A troca de farpas foi interrompida pela juíza Elizabeth Machado Louro. “Aqui não é CPI. Aqui a gente está para ouvir a testemunha. Isso aqui não vai virar circo!”, disse a magistrada.

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