Guiada por combustíveis, inflação de fevereiro é a maior desde 2016

Avanço de 0,86% faz IPCA acumular alta de 5,2% nos últimos 12 meses e se aproximar do teto da meta do governo

 

 

O recente salto no preço dos combustíveis (7,09%) foi responsável pela alta de 0,86% da inflação oficial de fevereiro. A taxa é a maior para o mês desde 2016, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a variação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumula alta de 1,11% em 2021 e de 5,20% nos 12 meses finalizados em fevereiro, resultado que mantém o índice acima da meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021, com tolerância de 1,5 ponto percentual.

O salto dos preços foi guiado pelo setor de Transportes (2,28%), com a alta nos preços dos combustíveis (7,09%). Entre os destaques aparecem a gasolina (7,11%), o etanol (8,06%), o óleo diesel (5,40%) e o gás veicular (0,69%). Com os resultados de fevereiro, o item combustíveis acumula alta de 28,44% nos últimos nove meses.

No mesmo segmento, também apresentaram altas significativas os preços dos automóveis novos (0,55%) e usados (0,71%) e dos pneus (1,26%). Já a alta de 0,33% no preço das passagens de ônibus foi guiada pelos reajustes de 8,7% nas tarifas do Recife e de 2,61% em Vitória. Também pesou no índice o novo preço cobrado pelas tarifas de trem no Rio de Janeiro.

Também houve um avanço de 2,48% nos preços do grupo educação, puxado pela retirada de descontos praticados por algumas instituições no início da pandemia do novo coronavírus. As maiores variações do segmento vieram da pré-escola (6,37%), do ensino fundamental (4,92%) e do ensino médio (4,45%), e as menores, do ensino superior (0,94%) e do curso técnico (0,91%).

Alimentos

O grupo de alimentação e bebidas registrou alta de 0,27% em fevereiro, o que representa o terceiro mês consecutivo de desaceleração nos preços do setor. Em novembro, dezembro e janeiro, as taxas haviam sido de 2,54%, 1,74% e 1,02%, respectivamente.

A variação menor nos valores dos alimentos consumidos dentro de casa foi guiada pelos saltos nos preços da batata-inglesa (-14,7%), do tomate (-8,55%), do leite longa vida (-3,3%), do óleo de soja (-3,15%) e do arroz (-1,52%). Por outro lado, segue em alta o preço da cebola (15,59%) e as carnes, que haviam apresentado queda de 0,08% em janeiro, subiram 1,72% em fevereiro.

A alimentação fora do domicílio também desacelerou (de 0,91% para 0,27%), especialmente por conta do lanche (0,11%), cuja variação no mês anterior havia sido de 1,83%.

O IPCA é calculado com base na cesta de consumo das famílias com renda entre um (R$ 1.045) a 40 salários mínimos (R$ 44.000), e abrange dez regiões metropolitanas do Brasil, além de outros seis municípios.

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