GDF muda regra e amplia horário de funcionamento de bares na Estrutural

Uma ordem de serviço permite que as atividades sejam estendidas até meia-noite, de quarta-feira a sábado. Antes comércios tinham que fechar as portas as 23h, todos os dias

 

Bares e estabelecimentos que vendem bebida alcoólica na Estrutural têm uma hora a mais para funcionar. Desde julho de 2016, esses comércios precisavam fechar as portas às 23h, independente do dia. Mas uma ordem de serviço publicada hoje no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) permite que as atividades sejam estendidas até meia-noite, de quarta-feira a sábado. Entre domingo e terça-feira o fechamento mantém as 23h.
Em dias de jogos os comércios também poderão funcionar até meia-noite, mas com autorização prévia da administração.  Apesar das adequações, as regras para som continuam as mesmas. Os comércios não podem ter alto-falantes direcionados para a área externa. Quiosques, trailers e ambulantes ficam proibidos de utilizar som mecânico ou música ao vivo.
A Administração Regional da cidade defende que atendeu a uma demanda dos empresários. Segundo o administrador Germano Guedes Leal, comerciantes estavam alegando prejuízo. “Alguns disseram que iam ter de demitir seus funcionários. A partir disso, reunimos todos os órgãos fiscalizadores e chegamos a um consenso”, explicou.
Segundo Germano, nos dias em que havia transmissão de jogos de futebol, os comerciantes reclamavam. “Eles diziam que precisavam fechar o comércio antes do segundo tempo, porque gastam de 30 a 40 minutos para desmontar toda a estrutura e isso causava prejuízo”, esclareceu.
O administrador refutou, ainda, o aumento da criminalidade com o horário de funcionamento de bares. “A violência não tem nada a ver com os estabelecimentos comerciais. Quase 90% dos casos de crimes não ocorrem próximos a comércio, mas, sim, em vias públicas. Em um momento de crise, não podemos permitir que os empresários demitam os funcionários por causa de uma restrição de horário de funcionamento do comércio aos fins de semana”, defendeu.
Germano alega que a maioria dos casos de violência ocorrem devido a relação de guerra entre gangues.
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