Gangorra: preço da gasolina chega a R$ 4,39 e assusta brasilienses

Sindicato dos donos de postos reclamam das variações nos valores dos componentes do combustível e alegam que o setor está em situação ruim

 

O preço médio da gasolina no Distrito Federal voltou a subir. Se na última semana os valores mais altos estavam na casa de R$ 4,20, as bombas de diversos postos de combustível pela cidade registraram até R$ 4,39 nesta segunda-feira (12/08/2019).

Apuramos a existência de alguns locais com ofertas abaixo dos R$ 4. A gasolina comum a R$ 3,87, em dinheiro ou no débito, no posto Petrolino, no Centro de Taguatinga, foi a cifra mais baixa encontrada pela reportagem. O estabelecimento vizinho a ele, o Nenen’s, cobra R$ 0,02 centavo a mais.

O militar Jonas Augusto dos Anjos, 32 anos, ficou surpreso com o novo preço nas bombas. “Deixei de abastecer ontem e me dei mal”, lamentou. Ele disse não entender a lógica dos valores cobrados pelos postos brasilienses: “Que eu saiba, não vi aumento recente nas refinarias. Então, qual o motivo desse aumento assim, do nada?”

A dona de casa Andreia Gomes Lopes, 42, também ficou assustada. Ela passou o final de semana em Goiás, com o pai, e ficou “chocada” ao abastecer o carro nesta segunda. “Olha, na sexta enchi o tanque a R$ 3,87. O que ocorreu de lá para cá que justificasse esse aumento?”, questionou.

Veja lista abaixo:

  • Petrolino (Centro de Taguatinga) – R$ 3,87
  • Posto do Céu (Gleba 4, às margens da DF-180, Ceilândia) – R$ 3,89 (dinheiro e débito) ou R$ 3,99 (crédito)
  • Nenen’s (Centro de Taguatinga) – R$ 3,95
  • Posto da Torre (Setor Hoteleiro Sul) – R$ 3,98 (dinheiro e débito), ou R$ 4,18 (crédito)
  • Jarjour (2010 Norte) – R$ 4,30
  • Jarjour (206 Norte) – R$ 4,35
  • Petrobras (Setor de Oficinas de Taguatinga) – R$ 4,35
  • Auto Posto (QI 6, Lago Norte) – R$ 4,35
  • Petrobras (Av. Araucárias, Águas Claras) – R$ 4,39
  • Posto BR (QI 12, Lago Sul) – R$ 4,39

Recomposição

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindcombustíveis-DF), Paulo Tavares, lembra que os postos não haviam repassado os aumentos de preço na refinaria da gasolina e do álcool anidro, usado na mistura para compor o combustível, até esta segunda. “Na última sexta, o álcool subiu R$ 0,07, a segunda alta no mês”, justifica.

Conforme Tavares, o momento é de recomposição de caixa para muitos empresários. Ele reclama, ainda, que os valores no DF serão sempre flutuantes enquanto alguma medida incisiva em temos de tributação não for tomada. A situação geral da economia também precisa ajudar, na visão do presidente do sindicato.

“Essa variação é ruim para nós e para o consumidor. O próprio Ministério Público [do DF e Territórios] e o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] já reconheceram que a margem razoável de lucro para o nosso setor é de 15,80%. Com os preços atuais, operamos com margem de 9%”, desabafa.

Uma mudança no preço do combustível foi anunciada pela Petrobras em 31 de julho, quando o valor médio subiu 3,99%, o que representou R$ 1,711 por litro na refinaria. Além disso, a estatal também elevou em R$ 0,0757/litro o preço médio do diesel, para R$ 2,096. A variação correspondeu a uma alta de 3,75%.

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