Ainda é possível candidatar-se para programa da Secretaria de Desenvolvimento Social
Dez famílias finalizaram o processo de formação para acolher temporariamente crianças em situação de vulnerabilidade. Elas fazem parte do programa Família Acolhedora, da Secretaria de Desenvolvimento Social em parceria com o Aconchego – Grupo de Apoio à Convivência Familiar e Comunitária.
Desde que o programa foi lançado, em fevereiro, cerca de 150 pessoas participaram de palestras explicativas sobre o processo até o acolhimento. A previsão é de que, a partir deste segundo semestre, as crianças comessem a ser recebidas nesses núcleos familiares.
Para quem tem intenção de conhecer como funciona ou candidatar-se a participar ainda é possível se inscrever. É fundamental destacar, porém, que não se trata de adoção. A iniciativa tem como objetivo acolher temporariamente e assim, oferecer carinho, afeto e o convívio familiar a crianças em situação de vulnerabilidade e violação de direitos, até que o lar de origem ofereça as condições ideais para o retorno da criança.
“O acolhimento familiar é fundamental para evitar a institucionalização da criança. Além disso, proporciona o ambiente necessário para o desenvolvimento do cidadão”, enfatiza o secretário de Desenvolvimento Social, Eduardo Zartz.
O serviço é previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. As famílias selecionadas serão capacitadas para receber crianças de até seis anos que esteja em medida protetiva, ou seja, afastado de sua casa devido a violações de direitos. A meta é chegar a, pelo menos, 20 meninos e meninas.
Etapas
O primeiro passo para quem quer participar do programa é participar da palestra sobre as condições e os perfis para ser uma família acolhedora.
As palestras abordam o funcionamento do serviço e sua importância para a garantia do direito da infância á convivência familiar e comunitária. Fala-se também das especificidades de trabalhar com a primeira infância.
Durante os encontros passados, as famílias têm buscado compreender melhor a importância do vínculo, para que a partir daí entendam que o acolhimento familiar promove mais vínculos e, consequentemente, mais recursos para um desenvolvimento integral. Propicia o investimento em crianças mais seguras e felizes.
Depois dessa etapa começa a capacitação das famílias para receberem essa criança. O processo é bastante vivencial, utilizando, além de evidências científicas e dados, em vídeos, livros e depoimentos de famílias de outros estados. O acolhimento de fato ocorre depois de uma entrevista inicial, seis encontros de capacitação, uma entrevista em domicílio e um parecer dado pela equipe de especialistas do Grupo Aconchego.
Selecionadas, as famílias serão encaminhadas e inseridas em projetos de apoio sociofamiliar disponíveis na rede de atendimento socioassistencial, com acompanhamento quinzenal da equipe técnica, por meio de visitas. A equipe do serviço é composta por assistentes sociais, psicólogas, além de pessoal administrativo e de suporte. No momento da inserção temporária no ambiente familiar, a criança recebe um enxoval básico para seus primeiros dias no novo lar.
“Não se trata de uma adoção. Durante o período em que durar a medida, a família de origem do acolhido vai ser acompanhada por especialistas que darão o aval para o retorno da criança a seu lar”, ressalta o secretário Zaratz.
Critérios para ser uma Família Acolhedora
– Residir no DF;
– Ter maioridade civil;
– Não ter como projeto a adoção;
– Ter disponibilidade afetiva e emocional;
– Não ter antecedentes criminais;
– Habilidade em ser cuidador;
– Todas as configurações familiares são aceitas.
Previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (lei 8.069/1990), o Família Acolhedora é um serviço pensado para dar conta de situações específicas em que se necessita prover cuidados e proteções durante um período, para crianças afastadas do convívio familiar devido a violações de direitos.
Inscrições
Aconchego – Grupo de Apoio à Convivência Familiar e Comunitária
61 – 39635049
61 – 9 9166-2649
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