Aumento dos preços se tornou inevitável, diz consultor
No último dia 21 de maio, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) alertou o governo federal de que “novas elevações nos preços” de proteínas mais baratas como frango, porco e ovo podem ocorrer nos próximos meses. Estes alimentos passaram a ser mais comprados com a disparada dos preços da carne bovina desde o ano passado.
Segundo a ABPA, o aumento deve ocorrer por causa da alta dos custos de produção. Os frigoríficos têm afirmado que os preços milho e da soja no mercado internacional estão mais altos. Isso implica no valor da ração dos animais, além dos custos com o diesel e as embalagens.
Para o consultor de Agronegócio do Itaú BBA Cesar de Castro Alves, o aumento dos preços é inevitável. “Esses três setores já estão bastante pressionados desde o ano passado. Em 2020, as empresas ainda tinham um pouco de milho e soja comprados a preços mais baixos. Agora, a gente não tem mais isso. Estamos há mais ou menos uns seis meses com preços bem elevados”, diz Alves, ao portal G1.
Sobre o preço dos grãos, o consultor afirma que “não é uma questão nacional”. “É um problema global que não se resolve no curto prazo”, diz.
Na prévia da inflação de maio, o frango inteiro subiu 14% nos últimos 12 meses; o ovo avançou 7%; a linguiça encareceu em 30%; a salsicha ficou 12% mais cara.
O Índice de Custos de Produção (ICP), calculado pela Embrapa Suínos e Aves, mostra que produzir frango em abril estava 39,79% mais caro do que o mesmo mês de 2020. Já para suínos, essa alta foi de 44,5%.