Enem: candidato que foi mal na 1ª prova pode ‘reverter’ resultado

Exame adota método TRI (teoria de resposta ao item) e, por isso, candidato não deve se preocupar por antecedência; confira dicas

 

Os mais de 2,6 milhões (48,5%) de candidatos que participaram do primeiro dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) vão enfrentar o segundo dia de provas, no domingo (24), em quase todas as regiões do Brasil —com exceção dos alunos do Amazonas, que foram realocados para as datas de reaplicação, em fevereiro.

Entretanto, como as notas só serão divulgadas em 29 de março, são muitas as dúvidas entre os estudantes quanto ao desempenho na primeira etapa do exame. Pensando nisso, os candidatos que foram mal no primeiro dia de avaliação. Em conversa com o coordenador do curso Poliedro, de São Paulo, ele separou orientações para manter a confiança.

Fui mal na primeira prova, tenho que me preocupar? 

— O candidato não deve se preocupar com essa situação dele ter ido mal no primeiro dia. É uma situação muito relativa. Nós nunca temos ideia, principalmente quanto a nota de corte, qual vai ser para cada curso que o candidato pretende disputar. A não ser que, por uma fatalidade, faça menos pontos do que o mínimo exigido pelas regras do Enem.

Como manter a motivação para a segunda prova? 

— É importante lembrar da preparação feita durante o ano. Lembrar do quanto ele consegue fazer em termos de resolução de questões, principalmente resolvendo edições anteriores.

Como aprender com os erros da primeira prova? 

— Pensar nos erros, nos arranjos que ele teve na prova do primeiro dia. Por exemplo: ficar muito tempo em uma determinada questão pode ser um erro; ficar indeciso e achar que com mais uma lida vai ajudá-lo a resolver. Ele lê e acaba não conseguindo resolver a questão, e acaba perdendo tempo.

É possível compensar o prejuízo? 

— Para ele poder ter um desempenho melhor do que ele imagina, é sempre tentar se apoiar nos pensamentos do que ele pode melhorar em relação a prova do primeiro dia. E manter a calma. Tentou fazer uma questão, viu que não era o que ele achava, ir para a frente. Ir procurando as questões mais fáceis, porque a partir do momento que ele tiver certeza de um acerto ou vários acertos ele vai ter a motivação e a recuperação da adrenalina.

Como funciona o método de correção do Enem?

Método de correção do Enem considera coerência nas respostas dos candidatos

Método de correção do Enem considera coerência nas respostas dos candidatos

ARTE R7

O Enem adota a TRI (teoria de resposta ao item) como metodologia de avaliação das provas. O sistema, segundo informações do Ministério da Educação, não considera apenas o número de acertos, mas, também, o desempenho do indivíduo por meio das “habilidades do avaliado e características das questões.”

Cada questão, de acordo com o método, é qualificada por meio três parâmetros: a proeficiência, o grau de dificuldade e, ainda, a chance de acerto por “chute” —quando o estudante decide por responder de forma aleatória e sem domínio do assunto exigido pela prova. Ou seja, os testes do exame são preparados com perguntas pré-classificadas como fáceis, médias e difícices.

“O esperado é que o candidato tenha um desempenho melhor nas mais simples. A TRI faz uma análise estatística, ‘antichute’, para calcular uma nota final que indique se houve coerência nas respostas”, explica João Pitoscio Filho, coordenador de química do cursinho Etapa. “O objetivo é buscar coerência nos acertos”, completa.

Quando um estudante erra uma séria de questões consideradas “fáceis” —a partir da análise do padrão de respostas dele—, o programa responsável pela correção percebe a insconsistência do aluno. Com isso, a nota final é diretamente impactada porque no natural para esse indivíduo era não encontrar grandes dificuldades nessas questões.

Para o coordenador João Pitoscio Filho, a melhor forma do aluno lidar com as questões mais “complicadas” é partir pelas mais objetivas (principalmente nas prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias). “Primeiro fazer a prova atacando as questões mais diretas, mas lembrando que quanto maior o acerto melhor. O que ele tem que evitar é chutar qualquer coisa. Ele tem que acertar muitas questões com coerência”.

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