Em nota : SBRA e REDLARA atualizam orientações sobre tratamentos que precisam continuar durante pandemia

Nesta quarta-feira (15), a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida – SBRA) e a Red Latinoamericana de Reproducción Asistida – REDLARA emitiram uma nota complementar relacionada aos tratamentos de reprodução assistida que precisem continuar durante o período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O documento reafirma as orientações emitidas em 21 de março para a suspensão de novos procedimentos durante o período de crise e traz recomendações que devem ser observadas nos casos susceptíveis de individualização.

Nesse sentido, o novo posicionamento da SBRA e a REDLARA considera que, tendo em vista o agravamento dos cenários de pandemia em diferentes países, regiões e cidades, a urgência de casos específicos de infertilidade, além das incertezas quanto ao período claro de extensão da crise, os ciclos de reprodução assistida possam ser realizados sob juízo do profissional assistente, em decisão compartilhada com os usuários do serviço, de forma personalizada, fundamentados e bem documentados, com precaução e bom-senso, evitando-se transferências embrionárias neste momento.

As novas recomendações valem para as situações em que o adiamento dos tratamentos de reprodução assistida possa causar mais dano ao paciente, como são os casos em que o prorrogação possa levar a uma infertilidade irreversível – ou seja, a esterilidade. Também são indicadas para casos oncológicos, em que pacientes necessitam com urgência da preservação de seus gametas previamente a procedimentos cirúrgicos ou eventual quimioterapia com grande risco de afetar sua fertilidade futura.

As entidades também ressaltam que as medidas têm como base as evidências científicas observadas até o momento e poderá ser modificada ou atualizada posteriormente, caso surjam novas constatações. O documento também aponta pontos que foram considerados pelas entidades e que devem ser observados pelos profissionais de reprodução assistida.

 

São eles: 

I) segundo a literatura médica, não se identificou até o momento a presença de vírus nos gametas e tratos genitais masculino ou feminino;

II) até o momento, não há evidências a respeito das repercussões da Covid-19 sobre a gestação inicial;

III) a preocupação com relação às evidências científicas emergentes quanto à possibilidade de transmissão vertical – isto é, da mãe para o bebê;

IV) que os serviços de reprodução assistida devem seguir as recomendações governamentais, respeitando as particularidades locais;

V) a observação das medidas de distanciamento social, com cuidados na preservação dos pacientes e equipes, quando da assistência;

VI) as condutas para mitigar a sobrecarga do sistema de saúde local;

VII) que o adiamento dos tratamentos de reprodução assistida abrange determinados casos extremamente sensíveis ao mesmo tempo e, portanto, inadiáveis, com risco de condenar pessoas à esterilidade; e

VII) o respeito à autonomia do paciente.

 

Por fim, as instituições comunicam que seguem acompanhando de perto as informações divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e toda a comunidade científica para continuar orientando os profissionais da área, seus pacientes e toda a sociedade. Com o passar do tempo e o avanço nas pesquisas, será possível obter mais informações.

Confira a íntegra das informações complementares à nota emitida em 21 de março clicando aqui.

Veja também a nota emitida no dia 17 de março e atualizada no dia 21 de março aqui.

Assessoria de Imprensa da SBRA – Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada

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