Dicas para ensinar responsabilidade para as crianças

RESPONSABILIDADE INFANTIL: ATÉ ONDE ELA PODE IR

Mais do que um comportamento individual, ser responsável envolve o ato de se relacionar com o mundo. Então como explicar algo tão complexo para crianças?

A responsabilidade como valor social está interligada ao compromisso. É ela quem assegura a realização dos acordos e promove confiança entre as pessoas envolvidas. Vale dizer que toda responsabilidade está diretamente ligada à obrigação e dever.

Esses dois conceitos compõem a matéria-prima da responsabilidade. Mas para ser mais fácil o entendimento dos pequenos, a melhor tática é através de jogos ou atividades em grupo.

Assim, o ato de ensinar o sentido da responsabilidade às crianças se torna fácil e ajustável. Ao passo que elas estarão mais dispostas a entender seus deveres e obrigações.

EXISTEM TIPOS DE RESPONSABILIDADE?

Ser responsável, no sentido geral da palavra, engloba tanto a responsabilidade pessoal quanto perante à sociedade e adjacentes. Ou seja, o ser humano é responsável por si, mas também tem responsabilidade por sua conduta com o outro.

Dito isso, enumeramos dois tipos de responsabilidades:

  1. Responsabilidade pessoal: engloba os desejos pessoais, pela felicidade própria, e escolher os valores segundo os quais o indivíduo vive, visando elevar o grau de sua autoestima.

  1. Responsabilidade diante da sociedade: engloba a conduta do indivíduo com outras pessoas, companheiros de trabalho, família, amigos e de me comunicar corretamente com os demais.

DICAS PARA ENSINAR RESPONSABILIDADE PARA CRIANÇAS

A essência da responsabilidade é a palavra. Ou seja, cada vez que você der alguma tarefa para a criança e ela concordar, é preciso que haja o cumprimento de acordo com a palavra dada.

Se seu filho cometer algum engano, aceite os erros dele com a humildade que lhe cabe. Convide a criança a fazer o que é certo a partir dos próprios erros, sem necessidade de gritos ou brigas.

Vale, também, ensinar à criança sobre o valor do compromisso individual. Ela deve ter consciência para cumprir com suas responsabilidades com os outros, sem deixar de lado a primeira pessoa com quem ela deve ser responsável: consigo mesma.

Educar crianças responsáveis e empáticas é uma tarefa a longo prazo que exige dedicação e compromisso. Para começar a incitar o senso de responsabilidade nas crianças, o ideal é ir aos poucos.

Desde pequeno, as crianças podem se encarregar, dentro de suas possibilidades, arrumar o quarto, recolher os brinquedos, ajudar na mesa, organizar as roupas e a mochila, por exemplo.

O QUE DIZ O ECA

O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, é uma das leis mais importantes em termos de proteção de crianças e adolescentes. Porém, ela não trata apenas dos direitos, também possui uma parte específica sobre os deveres da criança.

Afinal, como já foi dito neste artigo, é de extrema importância para o desenvolvimento infantil, que a criança aprenda limites. Até para saber como se comportar adequadamente em sociedade, se protegendo e ajudando os demais.

Para a lei, são consideradas crianças os indivíduos com até 12 anos incompletos. Os adolescentes têm entre 12 e 18 anos. Em alguns casos excepcionais, previstos na lei, essa faixa etária pode se estender até os 21 anos.

QUAIS OS DEVERES DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE ACORDO COM O ECA?

Como dissemos, além de garantir os direitos, o ECA também prevê os deveres da criança e do adolescente – que nada mais são do que modelos e regras de convivência, que favorecem o desenvolvimento infantil.

De acordo com essas legislações, são deveres da criança e do adolescente:

  • respeitar pais e responsáveis;

  • frequentar a escola e cumprir a carga horária estipulada para a sua série;

  • respeitar os professores, educadores e demais funcionários da escola;

  • respeitar o próximo e as suas diferenças – como religião, classe social ou cor da pele;

  • participar das atividades em família e em comunidade;

  • manter limpo e preservar os espaços e ambientes públicos;

  • conhecer e cumprir as regras estabelecidas;

  • respeitar a si mesmo;

  • participar de atividades culturais, esportivas, educacionais e de lazer;

  • sempre que tiver dúvidas sobre seus direitos e deveres procurar o responsável legal ou o conselho tutelar;

  • proteger o meio ambiente.

Se você está achando os deveres citados acima familiares, é por que são! Todos eles estão englobados de acordo com a Constituição Brasileira, independentemente da idade, sexo, credo, cor da pele ou religião

Além dos deveres, o ECA também prevê deveres de cada indivíduo e do Estado como um todo, tendo em vista resguardar os direitos básicos das crianças e dos adolescentes.

QUAIS SÃO OS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE ACORDO COM O ECA?

  • não sofrer nenhum tipo de violência, seja ela física ou psicológica;

  • poder expressar seus pensamentos, gostos e religião;

  • ter acesso às condições dignas de saúde, com assistência médica e odontológica desde a fase de gestação até à adolescência;

  • conviver em família e com a comunidade;

  • ter acesso à educação de qualidade, cultura, lazer e esporte;

  • ser protegido contra o trabalho infantil;

  • ter a proteção de uma família, seja ela natural ou adotiva;

  • desde o dia em que nascer, ter o direito ao nome e à nacionalidade, tornando-se, assim, um cidadão brasileiro.

A IMPORTÂNCIA DE SER CRIANÇA

A infância e a adolescência são fases muito importantes, quando falamos em desenvolvimento pessoal; é quando tem-se noção de vida em sociedade e de respeito a nós mesmos e aos próximos.

Sendo assim, passar o ensinamento de que todos têm direitos e deveres é algo fundamental, pois prepara o jovem para conviver adequadamente em sociedade, tornando-se um cidadão consciente.

Mas é de extrema importância que a criança não deixe de ser o que ela essencialmente é: criança. Por isso, ensine-os a ser responsável, mas não deixe de ensinar que ele deve brincar. O quanto puder. Desde os kits de maquiagens até bolas, carrinhos e tudo mais o que elas tiverem direito.

São brincadeiras que a criança vai explorar, criar vínculos; além de desenvolver senso crítico e aprender a lidar com sentimentos e frustrações. São brincadeiras que tornam a infância um aprendizado, afinal.

É essencial que a criança aprenda, tenha interesse, entusiasmo e empatia. Então além de responsável, a criança também precisa ser feliz. A ideia aqui é dar tempo e proporcionar momentos para que o pequeno possa ser e se sentir criança.

 

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