Comida gótica? Veja onde encontrar no DF pratos da curiosa tendência

Do tradicional macarrão com tinta de lula ao inusitado hambúrguer com pão preto, casas de Brasília oferecem os pratos de visual marcante

 

Quanto mais colorido o prato, melhor. A recomendação clássica dos nutricionistas ganha fôlego se combinada com alguma comida preta: as cores quentes de um camarão com pimenta, por exemplo, se destacam contra uma massa tingida com tinta de lula. Para além da comida “gótica” – completamente preta, tendência que apareceu em 2017 para reagir à moda da temática de unicórnios –, a gastronomia conta com elementos tradicionais (e algumas novidades) na cor preta.

O macarrão com tinta de lula, por exemplo, faz parte do cardápio do restaurante Ticiana Werner. “A massa negra não foi criada pensando nesse público gótico”, brincou a chef que deu seu nome à casa. “É uma massa típica italiana, feita com nero di seppia. É um prato muito querido na gastronomia da Itália que eu acabei abrasileirando com o leite de coco, pimenta-malagueta e camarão”, explicou a cozinheira.

O corante natural não altera o sabor da massa, mas dá ao cozinheiro opções de empratamento coloridas. “Muita gente acha que a massa solta pigmento, mas isso não acontece. Se usar a tinta para um molho, por exemplo, aí mancha os lábios mesmo. Mas não acontece com o macarrão”, garante Ticiana. Outra opção para os chefs é o arroz negro: a variação do cereal é saborosa e também oferece a possibilidade de combinações de se comer com os olhos.

A onda da comida gótica gerou frisson em torno do carvão ativado, ingrediente usado da gastronomia aos rituais de beleza. Tradicionalmente, o insumo é feito de resíduos de bambu ou da casca de coco. O ingrediente não altera muito o gosto dos alimentos — no máximo, acrescenta um sabor levemente defumado.

Com a fama de ser rico em antioxidantes, o produto chama a atenção de quem está de olho na tendência. Na rede de sorveterias Brazilian Ice Cream, um dos carros-chefe é o sorvete de baunilha negra: se a fava dá o sabor à sobremesa, o carvão ativado dá a cor. “Se fizer um teste às cegas com o meu sorvete e um de baunilha tradicional, não dá para sentir a diferença”, promete Bruno Douglas Lopes, dono da empresa e mestre gelatière.

“Pensei nesse sabor porque estamos no meio de uma onda de comida saudável com carvão ativado, e escolhi a baunilha porque ela é um aguçador de sabor. Todo mundo fica curioso quando vê na vitrine, e tem um gosto ótimo. A criançada adora”, garante o empresário. Na casa, 100 gramas de qualquer sorvete custam R$ 8,90.

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