CNI destaca recuo em atividade e emprego na construção civil

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, em fevereiro, o nível de atividade e o emprego na indústria da construção brasileira recuaram em relação a janeiro. Os índices variam de 0 a 100 pontos, e valores abaixo de 50 pontos sinalizam queda no indicador ante o mês anterior.

Quanto mais abaixo da linha divisória, maior e mais disseminada foi a queda.

O indicador de evolução da atividade da construção civil registrou 47,5 pontos e o índice de evolução do número de empregados foi de 47,7 o que configura uma redução no número de empregados em indústrias de concreto e demais áreas do setor.

Houve uma queda nas solicitações que podem representar queda nos salários e, inclusive, na produção e oferta de concreto preço e de outros itens usados para construções e reformas.
Os dados constam da Sondagem Indústria da Construção, disponível aqui.
A pesquisa ouviu 470 empresas de pequeno, médio e grande porte entre 2 e 11 de março, antes de a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar pandemia do novo coronavírus, que deve gerar um impacto ainda maior neste mês de março.
Impacto nas empresas de pequeno e médio portes

A sondagem revela também que a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) registrou 60% em fevereiro, mesmo valor observado em janeiro, e quatro pontos percentuais acima do registrado há um ano.

As grandes empresas são as que apresentaram maior utilização entre os diferentes portes, registrando 65% de UCO, aumento de um ponto percentual em relação a janeiro. O percentual superou em sete pontos percentuais o observado em fevereiro de 2019 e foi o maior valor para o mês desde 2014.

Por outro, as empresas de pequeno e médio portes registraram queda entre janeiro e fevereiro de 2020.
Empresários reduzem otimismo para os próximos meses

Os empresários reduziram em março seu otimismo para os próximos meses, tanto para o nível de atividade, quanto para a construção de novos empreendimentos. Esses índices recuaram 1,0 ponto e 1,2 ponto, respectivamente, na comparação mensal, e ficaram em 58,1 pontos e 56,8 pontos.

Os indicadores de expectativas de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados recuaram, ambos, 1,0 ponto na mesma base de comparação, e atingiram 56,0 pontos e 55,5 pontos, respectivamente. Apesar do recuo, todos os indicadores de expectativas seguiram acima da linha divisória de 50 pontos, sugerindo otimismo, ainda que menor.

O índice de intenção de investimento também recuou em março. O indicador ficou em 42,6 pontos no mês, 1,8 ponto abaixo do registrado em fevereiro.

Apesar da queda, o índice superou em 8,6 pontos o valor registrado há um ano e apresentou o maior valor alcançado no mês de março desde 2014. O índice seguiu 8,3 pontos acima da média histórica, de 34,3 pontos. O índice de intenção de investimento varia de 0 a 100 pontos e quanto maior o índice, maior a intenção de investir.
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