Cientistas finalizam maior banco genético sobre população brasileira

Pesquisadores da USP concluíram sequenciamento do genoma de 1.171 idosos e encontraram 2 milhões de variações inéditas

 

 

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) concluíram o sequenciamento do genoma de 1.171 idosos e, com isso, formaram o maior banco de dados genéticos existente até aqui sobre a população brasileira.

O surpreendente no trabalho, de acordo com os próprios pesquisadores, foram as 2 milhões de variações genéticas inéditas encontradas.

As variações ou variantes genéticas são versões diferentes de um mesmo gene que podem determinar, por exemplo, o surgimento de uma doença.

Quando os pesquisadores comparam as informações obtidas do mapeamento genético brasileiro com as de bancos genômicos de outros países, perceberam que essas milhões de variações genéticas – a maioria com predominância de indivíduos de origem caucasiana – ainda não foram catalogadas.

As informações devem facilitar o diagnóstico de doenças raras e, no futuro, poderão auxiliar na definição de tratamentos personalizados.

“Esse tipo de dado é importantíssimo para o que chamamos de medicina de precisão. A resposta do organismo a um medicamento depende do nosso genoma. No futuro, imaginamos que, antes de uma pessoa tomar um remédio, ela poderá se submeter a testes genéticos para saber qual droga terá a melhor ação”, afirmou a geneticista Mayana Zatz, diretora do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo.

O estudo foi divulgado na plataforma on-line de pré-publicação BioRxiv e ainda não passou por revisão de outros pesquisadores.

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