Calor intenso traz transtornos para a rotina dos paulistanos

Nesta sexta-feira, 2, a expectativa é de mais um dia muito quente.

Os termômetros da cidade de São Paulo voltaram a marcar 37,1ºC nesta quinta-feira, 1, repetindo o registro de dia mais quente do ano, com a mesma temperatura atingida no dia anterior. O calor intenso tem trazido transtornos para a rotina dos paulistanos, que tentam encontrar alternativas para se amenizar a sensação. Nesta sexta-feira, 2, a expectativa é de mais um dia muito quente.

A tecnóloga em edifícios, Jéssica Machado, 24 anos, está entre as pessoas que tem sofrido com o calor na capital. Ela trabalha fazendo consultorias em obras em diversos pontos da cidade. Só nos últimos dias, Jéssica precisou visitar obras no Ipiranga, Morumbi e São Mateus. “Fico embaixo do sol, não está fácil, é sofrido, viu! E, para ajudar, ainda pego trem, metrô lotado. É uma sensação que eu acabei me desacostumando de passar”, disse.

De março a julho deste ano, ela trabalhou somente em casa por conta da pandemia de covid-19. Mas desde agosto precisou voltar a trabalhar diretamente nas obras. “Em casa, mesmo com o calor, você fica mais tranquilo, é mais fresquinho.”

Quando vai aos “barracões de obra”, a tecnóloga conta que precisa usar luvas e botas, além da máscara de proteção contra o coronavírus, o que aumenta ainda mais a sensação de calor. “O que eu faço para dar uma amenizada é usar uma camiseta mais leve, já a calça jeans não tem jeito, eu tenho que usar”, falou.

Jéssica contou que o máximo que consegue fazer para suavizar o calor é se hidratar bebendo bastante água e carregar um protetor solar na bolsa. “Às vezes também procuro uma sombra em árvores, mas nem sempre tem.”

Os dias ensolarados também não estão nada fáceis para a designer gráfica Izabelle Alvares, 32 anos, que descreveu a cidade como “um forninho”. Na última semana, ela que mora no centro de São Paulo, se mudou de apartamento. “A outra casa era muito quente, à tarde eu mal conseguia me mexer de tanto calor e o ventilador ficava ligado 24 horas. Já nesse apartamento novo, como é um andar mais alto, às vezes bate um vento. Quando rola um ventinho, fica tudo bem. Mas quando não, começa a bater o desespero”, afirmou.

Ela notou que o calor excessivo alterou até a sua rotina diária. “Tenho tomado mais banho, três, quatro por dia. Não tenho o costume de tomar água gelada, mas até isso hoje eu tomei. Inclusive, comi um açaí para refrescar, coisa que eu não fazia há um ano.”

Nos últimos dias, Izabelle está trabalhando em home office e disse que as temperaturas altas fizeram a sua produtividade cair. “Você fica meio mole, não consegue fazer muita coisa”, contou a designer.

Além disso, ela percebeu que até o seu gato está mais sonolento. “Está dormindo mais do que já dormia antes”. Para refrescá-lo, ela tem molhado as mãos e os pelos dele diariamente.

Calor demais não agradou nem quem é fã de altas temperaturas

E até quem prefere o calor, não está muito feliz com a temperatura acima dos 30ºC. “Nossa, é muito estranha essa mudança de tempo. No geral, gosto do calor, prefiro mais do que o frio, mas esses dias estão demais. É nessas horas que você começa a repensar se gosta mesmo do calor”, disse a estudante de Publicidade e Propaganda, Francielen Rodrigues, de 21 anos, que mora em Itapevi.

Durante a semana, das 9h30 às 16h30, ela faz estágio e, por conta da pandemia, tem trabalhado em casa. Francielen é mais uma paulista que notou a queda no seu rendimento nesses dias mais quentes: “Trabalho no meu quarto, que é de forro. Deus do céu, começa a dar 3 da tarde, a cabeça já começa a doer”.

“Eu sou uma pessoa que não bebo muita água, mas esses dias já coloquei a garrafinha na mesa. Antes de começar a trabalhar hoje, já separei até uma Tupperware com melancia pra me preparar para às 3h da tarde, que é o horário que mais entra no sol aqui no quarto”, relatou a estudante em tom de brincadeira.

Ela tem sofrido ainda mais sem ventilador em casa para amenizar o calor. “O ventilador não estava entre os itens do enxoval, até mês passado eu queria comprar uma manta, mas agora já estou pensando mesmo em comprar um ventilador de mesa”, afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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