A juíza que analisou o caso entendeu que as circunstâncias não apontam “existência de risco grave/extremo”.
O homem que foi preso após a companheira dele ligar para a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) fingindo que pedia uma pizza foi solto pela Justiça em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (30/9). A juíza entendeu que as circunstâncias não apontam “existência de risco grave/extremo”.
O caso ocorreu na última terça-feira (28/9). A mulher entrou em contato com o 190 e conseguiu socorro ao falar em código com um policial militar. Em áudio obtido pelo pelo JORNAL Metrópoles, é possível identificar que a denunciante, nitidamente nervosa, falava em “casa branca”, referindo-se à arma branca usada pelo homem no momento das ameaças. Logo em seguida, finge que gostaria de receber uma pizza de peperoni e informa o endereço.
Confira:
Transcrição:
PM: – Polícia Militar emergência.
Vítima: – Pizza de pepperoni.
PM: – Me passa o endereço, senhora.
(a mulher informa o endereço)
Vítima: – Arma branca
PM: – Casa branca?
Vítima: – Arma branca, arma branca
Ao analisar o caso, a juíza Paula Afoncina Barros Ramalho reconheceu que “os fatos desenvolveram-se no âmbito de violência doméstica e familiar”, mas entendeu que “esse contexto não gera automática e obrigatoriamente a custódia do autuado”.
Na argumentação, a magistrada disse que essa é a primeira ocorrência registrada entre o casal, que convive há 10 anos e tem dois filhos. Dessa forma, ela entendeu que as circunstâncias “não apontam a existência de risco grave/extremo que só possa ser neutralizado com a adoção da medida excepcional da prisão preventiva”.
A liberdade provisória foi acompanhada de medidas protetivas. O homem deve se afastar da casa onde vive com a esposa, não deve entrar em contato com ela e precisa se manter a uma distância mínima de 300 metros.