Bares e restaurantes pressionam pela reabertura e falam em mais demissões

Grupo alega que o setor não sobreviverá ao terceiro mês paralisado e diz que, até o momento, 10 mil servidores formais, associados ao sindicato, perderam os empregos e que cerca de 360 empreendimentos declararam falência

 

Cerca de 40 mil trabalhadores de bares e restaurantes poderão perder os empregos na próxima sexta-feira, caso o GDF não defina até lá o planejamento de reabertura desses setores. A previsão da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) leva em consideração o fim do prazo da medida provisória do governo federal, que estabeleceu a possibilidade de suspensão de contratos por até 60 dias. O encerramento da regra será na quinta-feira.
Representantes da Abrasel, do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) e empresários estiveram ontem no Palácio do Buriti para apresentar ao GDF um estudo técnico a partir de indicadores e comparativos que embasam a reabertura dos segmentos na capital federal. No entanto, a reunião marcada com o secretário de Saúde, Francisco Araújo; a secretária de Empreendedorismo, Fabiana di Lúcia; e o chefe da Casa Civil, Valdetário Andrade, foi cancelada. Assim, os empresários deixaram o local sem uma proposta de solução para a manutenção desses empregos.
O grupo alega que o setor não sobreviverá ao terceiro mês paralisado e diz que, até o momento, 10 mil servidores formais, associados ao sindicato, perderam os empregos e que cerca de 360 empreendimentos declararam falência. Alguns tradicionais, como Piantella e Fritz. “Se não tivermos retorno do GDF até quarta-feira, vamos começar a preparar as rescisões. Até porque precisamos comunicar o desligamento com 48h de antecedência”, declarou Eilson Studart, sócio do grupo Coco Bambu. “A empresa vai quebrar, mas as maiores prejudicadas são essas famílias, que vão passar fome. Além disso, no Entorno, tudo funciona, fora os estabelecimentos que trabalham na informalidade. Quem gera emprego e paga imposto é penalizado”, criticou Alberto Pinheiro, presidente da Abrasel, vice-presidente do Sindhobar e também sócio do Coco Bambu.
O Grupo Empresários em Ação divulgou nota de apoio à reabertura “por grande respeito ao momento dramático que vive este importante segmento do setor produtivo. Torcemos para que as autoridades entendam a urgência em ser atendido o pleito das entidades de classe Sindhobar e Abrasel”, ressaltou o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro.
Em nota, o GDF informou que uma nova data para o encontro entre os setores de bares e restaurante e o Executivo Local será definida. E reforçou que “regras e prazos para reabertura de restaurantes, quando definidos, serão oportunamente publicados em decreto no Diário Oficial do Distrito Federal”.
O estudo 
O documento técnico que seria apresentado ao GDF compara as taxas de letalidade do coronavírus em Brasília em relação a outras cidades que reabriram bares e restaurantes. “Nós temos uma baixa letalidade entre as cidades que a gente pesquisou. Além disso, o DF é um dos que mais realiza testes de covid-19”, argumentou o diretor da rede Mobile Hotéis e empresário da Vallute Consultoria, Rafael Menna. Entre os municípios citados no estudo estão Uberlândia, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Aracaju.
Rafael destaca que, em alguns países da Europa, as operações respeitam todas as políticas de isolamento, distanciamento entre as mesas, limitação da ocupação nos restaurantes, entre outras medidas. E, com o retorno das atividades do setor no DF, as mesmas orientações também serão seguidas.
Na reunião que serviria para apresentar a proposta, estiveram presentes Jamil Lessa, representante do DF Plaza; Eilson Studart, sócio do Coco Bambu; João Alberto Pinheiro, também do Coco Bambu; Rosário Tessier, empresário da Tratotia da Rosário; Rafael Menna, da Vallute Consultoria e do Nobile Hotéis; Flávio Alves, do Potiguar; Laura Oliveira, da Levvo e do McDonald’s; e Nadin Haddad, representante do Sindhobar e da Associação Nacional de Restaurantes (ANR).

     

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