Assassino que guardou corpo na mala e jogou no lago é baleado pela PM

Felipe Cirilo confessou ter assassinado, em 2016, um homem identificado como Ivonilson Menezes da Cunha. Na ocasião, ele espancou, asfixiou, matou, colocou o corpo na mala e jogou no Lago Paranoá. Na madrugada desse domingo (11), ele foi baleado e preso após trocar tiros com policiais militares

 

 

 

Um homem foi baleado e preso após trocar tiros com policiais militares do Distrito Federal durante uma tentativa de fuga, no Itapoã, na madrugada desse domingo (11/7). O criminoso, identificado como Felipe Cirilo, é o mesmo que, em 2016, assassinou um homem, de 39 anos, colocou o corpo em uma mala e jogou no Lago Paranoá.

Por volta das 3h30, os policiais do 20º Batalhão receberam a informação de que três homens estavam em um carro, um Gol, e teriam efetuado disparos de arma de fogo na Quadra 29 do Paranoá, próximo de um supermercado. Os PMs localizaram o veículo e deram ordem de parada, mas o motorista desobedeceu e fugiu.

Segundo a PMDF, os ocupantes do carro atiraram contra os policiais que estavam na viatura, que revidaram os disparos. O condutor dirigiu até a QL 5 do Itapoã e invadiu um terreno onde ocorria uma festa e colidiu contra as cadeiras e uma fogueira. De acordo com a corporação, algumas pessoas chegaram a se machucar. Um cachorro foi atropelado e morto.

Arma apreendida pela PMDF
Arma apreendida pela PMDF(foto: PMDF/Divulgação)

Após perder o controle do carro, o criminoso que estava no volante bateu no meio-fio. Os outros dois suspeitos desceram do automóvel e correram. Um deles entrou em uma casa e chegou a ameaçar o morador com a arma de fogo. Ele pulou o muro e conseguiu fugir pelos telhados. O outro envolvido conseguiu também se evadiu.

No local do acidente, a PMDF prendeu Felipe. Ele foi baleado durante a troca de tiros e encaminhado ao Hospital de Base, onde recebeu atendimento. A arma de fogo, um revólver calibre 38 com duas munições intactas, duas deflagradas e uma picotada (falhou), foi encontrada próximo ao local do acidente.

Na avaliação do advogado criminalista Bruno de Oliveira, caso venha a ser comprovada a participação de Felipe nos disparos contra a polícia, ele poderá ser condenado à pena de homicídio qualificado tentado. “Esse crime vai até 20 anos de reclusão, sem prejuízo de outros ilícitos penais a serem verificados no curso da persecução penal”, pontuou.

Crime de 2016

Felipe cumpriu pena no Complexo Penitenciário da Papuda por homicídio duplamente qualificado, corrupção de menores e ocultação de cadáver. Em 2016, ele confessou ter matado Ivonilson Menezes da Cunha. À época com 20 anos, Felipe contou que espancou, asfixiou, matou e colocou a vítima dentro de uma mala. Depois disso, arremessou o objeto na Ponte Honestino Guimarães. Em depoimento, o autor afirmou ter sofrido abuso do homem quando adolescente.

A Polícia Civil do DF levou cerca de dois meses para identificar os autores. Segundo informações da época, Ivonilson foi sufocado com um saco plástico, teve os pés e as mãos amarrados com fita adesiva e teve o corpo descartado na Ponte Honestino Guimarães, dentro de uma mala. No interior da bagagem, ainda foi encontrado um teclado de comprador, doces e preservativos. O objetivo seria passar a mensagem de que a vítima era um pedófilo. Um adolescente também foi apreendido na época por participação no assassinato.

anúncios patrocinados
Anunciando...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.