Aids: perguntas e respostas esclarecem dúvidas sobre a doença

O mês de dezembro é dedicado à prevenção da Aids e das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Saiba mais sobre o assunto:

 

 

Uma das campanhas de saúde do mês de dezembro é dedicada à prevenção da Aids e das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A Aids, sigla em inglês para síndrome da imunodeficiência adquirida, é uma doença causada pela infecção do vírus da imunodeficiência humana, o HIV na sigla em inglês.

Mas ter HIV não significa ter Aids. Uma pessoa contagiada pelo vírus (soropositiva) pode viver anos sem desenvolver a doença. No entanto, ela pode transmiti-lo para outras pessoas por meio de relações sexuais desprotegidas, por exemplo (veja mais abaixo).

Após a entrada do agente infeccioso no organismo, os primeiros sintomas são parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 135 mil pessoas vivem com o HIV e não sabem.

Qual a diferença entre HIV e Aids?
O HIV é o vírus que pode levar à Aids, mas não é regra. O agente infeccioso ataca as células de defesa do organismo, mas, mesmo diante das rápidas mutações, os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Isso não deixa o corpo mais vulnerável a outras doenças e esse período sem sintomas pode durar muitos anos.

A Aids surge quando, devido aos constantes ataques do HIV, o sistema imunológico passa a funcionar com menos eficiência, até as células de defesa serem destruídas. Esse estágio mais avançado da infecção deixa o organismo cada vez mais fraco e é passível de contrair outras enfermidades. Isso varia de uma pessoa para outra, dependendo de como o sistema imunológico age para combater o vírus.

Porém, antes que se chegue a esse estágio mais crítico, uma pessoa que tem HIV pode se tratar com medicamentos antirretrovirais, que vão garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a Aids.

O que é HIV?
HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. É um organismo biológico que ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo contra doenças. As células mais atingidas são os glóbulos brancos, ou leucócitos, cujo DNA é alterado pela ação do agente infeccioso. Por meio dessas mudanças, o HIV se multiplica e busca outras estruturas para atacar.

Quais são os sintomas do HIV?
O tempo entre a exposição ao vírus e o surgimento dos primeiros sintomas é chamado de incubação e pode durar de três a seis semanas. Já o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir corpos anti-HIV. Os primeiros sintomas da infecção são parecidos com os de uma gripe e incluem febre e mal-estar.

Em um estágio mais avançado, de baixa imunidade, o corpo fica mais suscetível a contrair outras doenças e a pessoa desenvolve a Aids. Se não houver tratamento adequado e precoce, o indivíduo pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.

Como se transmite HIV?
O HIV é uma infecção sexualmente transmissível, ou seja, pode ser transmitida por meio de relação sexual desprotegida (sem camisinha), seja ela vaginal, anal ou oral. Mas há outros meios de contrair o vírus: uso de seringa por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; de mãe infectada para o próprio filho durante a gravidez, no parto e na amamentação; e uso de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Há alguns mitos que envolvem a transmissão do vírus, o que leva a preconceitos e exclusão social de pessoas que tem HIV. A contaminação pelo vírus não ocorre se houver uso correto da camisinha durante o sexo; masturbação a dois; beijo no rosto ou na boca, aperto de mão ou abraços. Suor, lágrimas e picada de inseto também não transmitem o vírus, que também não passa de uma pessoa a outra por meio do ar.

Como saber se tenho HIV?
Caso você tenha tido algum comportamento de risco, como transar sem camisinha, procure uma unidade de saúde para fazer o teste anti-HIV. O diagnóstico é feito por meio da coleta de sangue ou saliva. No Brasil, há exames laboratoriais e testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.

Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Encontre aqui um serviço de saúde mais próximo.

Além do exame, se informe sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Como é o tratamento para HIV?
Para controlar a doença e prevenir a evolução para a Aids, pessoas soropositivas, ou seja, diagnosticadas com o HIV, devem se medicar com antirretrovirais. Esses remédios impedem a multiplicação do vírus no organismo e, consequentemente, o enfraquecimento do sistema imunológico. A adesão ao tratamento de forma correta é muito importante para que a infecção não se agrave.

Onde buscar tratamento para HIV?
Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) todos os medicamentos antirretrovirais. Desde 2013, o setor público garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV. Consulte-se em uma unidade de saúde.

(Com informações da Agência Estado)

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