Acidente ferroviário no Egito deixa ao menos 32 mortos e 66 feridos

O Egito registra muitos acidentes rodoviários e ferroviários, provocados por falta de respeito às regras de trânsito

 

Ao menos 32 pessoas morreram e 91 ficaram feridas nesta sexta-feira (26) em uma colisão de dois trens de passageiros em Sohag, no sul do Egito, informou o ministério da Saúde.

“Trinta e dois cidadãos morreram (…) na colisão de dois trens em Tahta, no departamento de Sohag”, 460 km ao sul do Cairo, afirma o ministério em um comunicado.

Dezenas de ambulâncias foram mobilizadas para transportar os feridos para hospitais e reforços médicos foram enviados do Cairo, segundo o ministério, que acrescenta que o número de feridos aumentou de 66 para 91.

Um vídeo filmado perto do local do acidente e divulgado pela imprensa local mostra diversos vagões tombados, perto de um canal.

Reagindo à tragédia, o presidente Abdel Fattah Al-Sissi prometeu nesta sexta-feira no Twitter uma “sanção dissuasiva” para qualquer pessoa considerada responsável pela colisão.

“Qualquer pessoa que causou este doloroso acidente por negligência ou corrupção ou por qualquer outro motivo deve receber uma sanção dissuasiva, sem exceção ou demora”, escreveu Sissi.

O Egito registra muitos acidentes rodoviários e ferroviários, provocados por falta de respeito às regras de trânsito, veículos antigos e estradas e ferrovias em péssimo estado.

Várias emissoras de televisão egípcias transmitiram nesta sexta-feira imagens aparentemente feitas por telefones celulares em que é possível ver uma multidão e equipes de resgate movimentando-se no meio dos vagões tombados e escombros espalhados.

De acordo com um comunicado da autoridade ferroviária egípcia, o trem Luxor-Alexandria e o trem Aswan-Cairo colidiram depois que indivíduos não identificados “acionaram em vários vagões o freio de emergência” em um dos dois trens.

A colisão, que resultou no tombamento de pelo menos dois vagões, ocorreu “entre as estações de Maragha e Tahta”, disse a mesma fonte, sem maiores detalhes.

A ministra da Saúde, Hala Zayed, vai viajar até o local do acidente “para acompanhar o estado de saúde dos feridos”, segundo um comunicado oficial.

A Promotoria, por sua vez, anunciou em um comunicado a abertura de uma investigação para determinar as causas do acidente. A tragédia ferroviária mais mortal da história do país aconteceu em 2002, quando um incêndio em um trem matou 370 pessoas no sul do Cairo.

Em fevereiro de 2019, outro acidente causou grande comoção entre a população: um trem colidiu com uma parede da estação central de Ramses, no Cairo, causando uma explosão e um incêndio que provocou a morte de cerca de vinte pessoas.

Após este acidente, o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi anunciou a substituição do ministro dos Transportes, Hicham Arafat, um civil, por um general, Kamel el-Wazir.

A colisão desta sexta-feira em Sohag ocorre no momento em que o Egito enfrenta outro grande desafio de transporte: um navio cargueiro de 400 metros de comprimento bloqueia o Canal de Suez, uma rota crucial para o transporte marítimo internacional no leste do país.

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