Abertura de empresas em Goiás cresce em meio à pandemia

 

 De acordo com a Juceg, só no mês de março, 2.919 CNPJs foram abertos no Estado. Um dos segmentos em ascensão é o de saúde estética

A crise econômica gerada pela pandemia instalada desde o mês de março do ano passado é sem precedentes e ainda gera incertezas. Apesar de alguns segmentos terem sido afetados de forma trágica, outros se viram em ascensão devido às novas necessidades impostas pelas condições atuais. De acordo com a Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), no mês de maio, 2.219 empresas foram abertas em Goiás. No mesmo período do ano passado, 1.828 estabelecimentos abriram as portas. Um crescimento de 21%.

Nos cinco primeiros meses deste ano foram abertas 14.450 empresas. Em todo o ano de 2020, o número também foi expressivo: 26.109, o maior quantitativo dos últimos cinco anos. O advogado especialista em reestruturação empresarial e presidente da Comissão Especial de Recuperação de Empresas e Falência da OAB/GO, Filipe Denki, explica que o aumento da abertura de novas empresas está mais ligado a uma reinvenção das pessoas que ao perderem seus empregos tiveram que abrir seus próprios negócios.
“Também podemos atribuir a uma prática irregular cometida por muitos empresários em crise que preferem abandonar seu CNPJ e abrir outro em nome de terceiros ao invés de se falar de mecanismos legais de reestruturação empresarial”, explica o especialista.
Denki também pontua que a criação recorde de empresas, especialmente de MEIs, nos setores de alimentos e vestuário vendido por aplicativos e e-commerce, é um reflexo da dinâmica do mercado de trabalho brasileiro no ano da pandemia. Com escassez de vagas formais e a necessidade de trabalhar, uma das soluções para continuar tendo renda foi o empreendedorismo.
“Com uma melhor facilidade de formalização trazida pelo MEI, além de alguma proteção a esse empreendedor como contribuição a previdenciária, e, neste ano, com o auxílio emergencial o crescimento dessa categoria foi potencializada. Para a retomada da economia o Brasil passa necessariamente pela volta da disciplina fiscal, pelo respeito ao teto de gastos, contém o aumento da inflação e avançar nas privatizações. A reforma tributária, deve ser prioridade, entre as medidas que precisam ser adotadas para melhorar o ambiente de negócios no país”, afirma.


Empreendedorismo por necessidade

 

A especialista em empreendedorismo e  fundadora da Kunk.Club e do 55Lab.co, Juliana Guimarães,  explica que o crescimento do empreendedorismo é um fenômeno natural que foi intensificado na pandemia. 

 

“Muitas pessoas perceberam que podem trabalhar de casa. E em um cenário onde as empresas estão contratando menos para reduzir custos é natural que aumente o número de pessoas empreendendo. Algumas  também começaram a empreender por necessidade. Perderam os empregos e precisaram se virar”, enfatiza a especialista.

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