A Volta às aulas no DF gera reclamação de professores por negligência das escolas privadas

Aglomerações e medo de contaminação permeiam as primeiras semanas de aula nas escolas privadas do DF

 

O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep-DF) vem recebendo denúncias de escolas onde os protocolos de segurança não estão sendo seguidos. De acordo com a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF), Ana Dumont, “a maioria das famílias estão procurando por ensino presencial”. Ainda segundo a entidade, as escolas estão prontas para receber os alunos. “Estamos com protocolos mais rígidos de segurança, de controle e combate ao coronavírus e permaneceremos atuando de forma responsável”, explicou o Sinepe-DF em nota.

“Nós, professores da rede particular, estamos com muito medo, até porque nós não fomos vacinados. E o Sinproep tem recebido denúncias de algumas escolas que não estão seguindo os protocolos exigidos”, disse o sindicato. De acordo com o Sinepe, a situação da Covid-19 no DF está estável. “Entendemos ser necessária a escuta das comunidades escolares sobre a execução das medidas do acordo judicial, haja vista a mudança de realidade da pandemia”, declarou o vice-presidente da entidade, Marcos André Scussel.

O DF está prestes a finalizar a primeira fase da vacinação, na qual estão sendo imunizados profissionais de saúde da rede pública e privada, além de idosos acima de 80 anos. A lista também inclui pacientes com atendimento em domicílio, pessoas com deficiência que vivem em instituições de acolhimento, além de indígenas. Durante o início desta primeira etapa de imunização, o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse esperar que, até março, quando começam as aulas na rede pública de ensino, os professores já tenham sido vacinados contra a Covid-19.

Na semana passada, aconteceu uma audiência administrativa virtual para reafirmar os protocolos de segurança contra a Covid-19 nas escolas privadas da capital. O encontro teve a participação do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep-DF), Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe), Governo do Distrito Federal (GDF) e Ministério Público do Trabalho (MPT). O encontro foi marcado a pedido do Sinproep, após ter recebido denúncias de que escolas não estão seguindo os protocolos de segurança firmados no acordo judicial desde que a retomada das aulas presenciais foi autorizada no DF. “Há escolas que estão convocando professores que se enquadram no grupo de risco para as aulas presenciais”, alertou Bruno Paiva, advogado do Sinproep.

O retorno das aulas presenciais nas escolas privadas do Distrito Federal já indica mudanças no ano letivo de 2021. Desde o início de fevereiro, parte das instituições que ainda não tinham iniciado o ano letivo optou por retomar as atividades mantendo a modalidade de ensino híbrido – misturando o encontro presencial com aulas transmitidas pela internet. Além disso, os colégios continuam exigindo o uso de máscaras pelos estudantes e orientam as crianças a lavarem as mãos e fazerem higienização com álcool em gel. Na rede pública, o retorno está previsto para o dia 8 de março, com estimativa de receber cerca de 32 mil alunos transferidos de outras escolas pagas – “provavelmente com o modelo híbrido”, segundo o secretário de Educação do DF, Leandro Cruz.

Segundo a Secretaria de Estado de Educação do DF (SEE-DF), o papel fundamental dos profissionais da educação ultrapassa os desafios do ano passado, quanto à preparação do ano letivo de 2021. “As escolas seguiram com reformas, distribuição de material e tantas outras formas para se conectar com os estudantes […] Os professores não se acomodaram diante do novo formato que a educação pediu em 2020. Fizeram uma busca ativa dos estudantes e usaram outras formas para atingi-los”, disse o secretário da pasta, Leandro Cruz.

Secretaria acompanha

A Secretaria de Educação acompanha a evolução da pandemia e a aplicação da vacina no Distrito Federal. Por determinação do governador Ibaneis Rocha, os profissionais da educação entraram para o grupo prioritário de imunização. O plano de vacinação contra a Covid-19 do na capital inclui os profissionais da educação na quarta fase da primeira etapa, após a vacinação do grupo de pessoas com comorbidades. “Todas as vidas importam, por isso professores e todos os profissionais que atuam nas unidades escolares devem ser vacinados. Vemos essa preocupação da parte do Governo durante o processo de vacinação. A maneira como será a vacinação na Educação ainda está em debate e será organizada pela Secretaria de Saúde”, frisa Leandro Cruz.

Sinproep aponta interdição de escolas

O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF) ressalta que duas escolas particulares do interior de São Paulo, em Campinas, suspenderam as aulas e atividades presenciais após a confirmação de casos de infecção pelo novo coronavírus entre alunos e professores. A suspensão vai até o próximo dia 18.

Em uma das escolas, um estudante e um professor testaram positivo para a doença e outros seis estão com suspeita.

Neste colégio, as aulas foram retomadas no dia 25 de janeiro, seguindo protocolos como uso de máscara, álcool em gel e 35% de ocupação das salas.

Os órgãos sanitários responsáveis e a secretaria de educação foram alertados.

A cidade de Campinas teve alta recorde de contaminações pelo novo coronavírus em janeiro, com 10.382 notificações neste mês.

Até então, o maior número havia sido registrado em julho: 9,947. A prefeitura campineira relacionou os casos recorde às festas de final de ano.

Saiba Mais

A SEE-DF estendeu, ontem (8), o prazo para confirmação das matrículas na rede pública de ensino do Distrito Federal. Os responsáveis pelos estudantes podem procurar o site da secretaria até o dia 11 de fevereiro – próxima quinta-feira – para enviar os documentos necessários para garantir a vaga do aluno na escola para a qual se inscreveu. O número de inscritos, até agora, está muito abaixo do esperado: foram mais de dois mil inscritos no Ensino para Jovens e Adultos (EJA), dos quais só 117 confirmaram matrícula. No ensino regular, só 7.732 dos 31.092 inscritos foram confirmados no portal.

A confirmação é necessária para ingressar no ano letivo de 2021, que começa no dia 8 de março — para os veteranos que não pretendem mudar de escola, a matrícula é renovada automaticamente. O subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Ernany Santos de Almeida, destaca a importância da confirmação das matrículas dentro do prazo. “Ampliamos o período para que todos os estudantes que fizeram a inscrição possam confirmar a matrícula e garantir a vaga na rede pública”, destacou.

É a primeira vez que a secretaria realiza o cadastramento de forma totalmente online, devido à crise sanitária da covid-19. Os pais e responsáveis que tenham dificuldades ou não tenham acesso à internet podem procurar a escola, por telefone ou e-mail, e fazer o agendamento para a efetivação da matrícula, destacou o subsecretário. “As unidades escolares devem criar estratégias para esse atendimento, de acordo com os horários de funcionamento, para evitar aglomerações”.

 

 

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