95% dos militares que receberam auxílio emergencial ilegalmente devolveram o dinheiro, diz Defesa

Depois de muita pressão das chefias, os militares, em sua maioria, devolveram o auxílio emergencial de R$ 600 que receberam ilegalmente. Segundo o Ministério da Defesa, até 26 de julho, 30.833 fardados haviam restituído voluntariamente o auxílio emergencial. O número representa 95% do total de militares (32.540) aos quais o benefício foi pago indevidamente.

 

O ministério ressalta que os 5% restantes que ainda não restituíram os cofres públicos estão com os processos de devolução em andamento. Os chefes das Forças Armadas reconhecem que o recebimento ilegal do auxílio emergencial arranhou a imagem da ala militar. Por isso, a pressa para que tudo seja resolvido.

Entre os demais integrantes da folha de pagamentos do Ministério da Defesa, que inclui militares inativos, pensionistas e anistiados, foram restituídos 3.123 (44,7%) dos 6.984 benefícios pagos indevidamente.

De acordo com a pasta, nesses casos, o processo de restituição é mais lento, pois demanda comunicação por correspondência, inclusive com pessoas idosas, o que, no quadro atual pandemia, tem sido mais demorado.

 

Suspeita de uso irregular de CPFs de militares

 

A Defesa ressalta ainda que, com a apuração mais detalhada no âmbito de cada uma das Forças, verificou-se que o número de integrantes da folha de pagamentos da pasta aos quais o benefício foi pago indevidamente foi de 39.524 pessoas, dos quais 33.956 já realizaram a restituição voluntária.

Os levantamentos anteriores incluíam pessoas que já não mais possuíam vínculo com o ministério. A Defesa lembra, ainda, que existem 4.618 pessoas que não reconheceram o recebimento do auxilio emergencial de R$ 600, o que pode envolver o uso indevido de CPFs.

De qualquer forma, as apurações de eventuais irregularidades prosseguem no âmbito das Forças Armadas e do Ministério da Cidadania, responsável pelo pagamento do benefício. O governo decidiu pagar, no total, cinco parcelas do auxílio emergencial.

Pelos levantamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), mais de 620 mil pessoas receberam, ilegalmente, o benefício que foi criado pelo governo para ajudar aqueles que perderam renda por causa da pandemia do novo coronavírus.

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