Várias Manifestações em prol da liberação das  atividades culturais tomaram conta do Eixão do Lazer

Neste último domingo (8/9), brasilienses das mais distintas regiões protestaram contra as medidas tomadas pelo GDF no último Eixão do Lazer

O Eixão do Lazer deste domingo (8/9) foi tomado por brasilienses que protestavam contra as medidas tomadas pelo GDF na última semana. No dia 1°, uma operação conjunta entre o DF Legal e o Departamento de Estradas e Rodovias (DER), com o apoio da Polícia Militar (PMDF), interrompeu e retirou todas as atividades comerciais na via que corta a cidade de norte a sul. Na última quarta-feira (4), a realização de apresentações musicais e a presença de ambulantes no Eixão do Lazer foi liberada pelo DER, mediante autorização temporária. A proibição da venda de bebidas alcoólicas, no entanto, se mantém.

Morador do Núcleo Bandeirante, Marcos Oliveira, 25, é frequentador assíduo do Eixão do Lazer e reforçou, durante o movimento, a importância das atividades que são realizadas na via. “Aqui está virando um point em que todos podem consumir cultura gratuitamente. Temos chorinho, samba, jazz. Tudo de graça para apreciarmos”, listou o estudante. “O Eixão do Lazer é um dos lugares em que mais cresce a cultura e a arte popular no DF”, complementou.

A aposentada Valéria Vasconcelos, 61, morou na Asa Norte por 25 anos e guarda uma memória afetiva com o projeto. “É um espaço de lazer único, é a cidade viva, são as pessoas confraternizando e se encontrando. Aqui é um espaço onde a gente encontra pessoas que não vemos há muito tempo, um lugar onde a gente pode sentar, conversar, distrair, absorver a cultura da cidade, comer as comidas típicas de Brasília e valorizar os artistas da cidade”, pontuou.

 

Organizador do Ocupa Eixão, um dos movimentos realizados em protesto às medidas, Leonardo Rodrigues afirma que a intenção não é se posicionar contra uma ocupação organizada. “A gente quer entender, por meio do diálogo, a melhor forma de ocupar o Eixão”, declarou. “A gente quer que tenha, de fato, uma resolução, e que essa discussão, dentro do Governo, também incorpore nós da sociedade civil, que ocupamos esse espaço há tanto tempo”, clamou.

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