Presidente Jair Bolsonaro diz que Luis Miranda não o avisou de corrupção na Covaxin

Presidente confirmou que se reuniu com o deputado, mas rebateu acusações contra a compra bilionária do governo pela vacina

 

 

presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (24), durante sua live semanal, que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) não o avisou sobre qualquer corrupção na compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin contra a covid-19.

Ele voltou a rebater as acusações e reafirmou que pediu investigação da Polícia Federal contra o deputado por denunciação caluniosa. Bolsonaro ainda confirmou que se encontrou com o deputado no dia 20 de março, mas não deu detalhes sobre a conversa.

 “Foi uma coisa que aconteceu, ele não falou nada de corrupção em andamento. Tem nada, tem nada. Passaram quatro cinco meses depois que ele conversou comigo – conversou sim, não vou negar isso aí – e não aconteceu nada”, afirmou o presidente.

A versão contradiz o parlamentar, que diz ter avisado Bolsonaro no mesmo dia sobre o favorecimento a empresas e superfaturamento na compra de R$ 1,6 bilhão da vacina. Ele teria sido informado pelo irmão, o servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda, que disse ao MPF (Ministério Público Federal) ter sido pressionado de forma atípica para agilizar as negociações pela produto.

A Covaxin foi o imunizante com o maior preço por dose negociado pelo governo até agora mas, após meses de tentativas, ainda não conseguiu a aprovação ampla da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Miranda e seu irmão darão depoimento nesta sexta-feira (25) à CPI da Covid, que mudou o foco depois da crise revelada pelas denúncias da dupla e a abertura de investigação pelo MPF da compra.

Tratamento precoce

Ao lado do ministro das Comunicações, Fábio Faria, o presidente também voltou a fazer propaganda do tratamento precoce contra a covid-19, afirmando que o governo vai entrar em contato com a Universidade de Oxford sobre o estudo que testa a eficácia da ivermectina para o novo coronavírus.

Ele também defendeu o parecer que pediu ao Ministério da Saúde para desobrigar vacinados e recuperados da covid a usarem máscaras de proteção facial, repetindo mais uma vez que estes grupos não correm riscos de contrair e transmitir a doença – o que não é verdade.

Voto impresso

Além disso, Bolsonaro defendeu o projeto que tramita no Congresso sobre o voto impresso, antes de criticar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, que é contrário a proposta.

“Se Congresso Nacional aprovar e promulgar a voto do PEC Impresso, vamos ter eleições auditáveis no ano que vem, e ponto final”, disse.

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