Presiddente Jair Bolsonaro diz que perda de vidas poderia ter sido evitada com cloroquina

“Sabemos que mais de 100 mil pessoa morreram no Brasil. Caso tivessem sido tratadas lá trás com esse medicamento, poderiam essas (perdas de) vidas terem sido evitadas…”

 

O presidente Jair Bolsonaro voltou a divulgar o uso da hidroxicloroquina como alternativa para o tratamento da covid-19 Em evento em Belém (PA), nesta quinta-feira, 13, o chefe do Executivo disse ser “a prova viva” da eficácia do remédio, que não tem comprovação científica.

“Sabemos que mais de 100 mil pessoa morreram no Brasil. Caso tivessem sido tratadas lá trás com esse medicamento, poderiam essas (perdas de) vidas terem sido evitadas; mais ainda aqueles que criticaram a hidroxicloroquina não apresentaram (outra) alternativa”, declarou.

Dados coletados pelo consórcio de imprensa entre Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL indicam que o total de óbitos no Brasil é de 104.263 e o de contaminações, 3 170.474. Em julho, o presidente entrou para as estatísticas da pandemia e foi diagnosticado com o novo coronavírus. Ele divulgou amplamente a cloroquina, afirmando ter utilizado o medicamento em seu tratamento.

Bolsonaro participou da inauguração da obra de revitalização do Porto Futuro na capital paraense. Em seu discurso, ele citou que o Estado recebeu mais de R$ 2 bilhões em recursos para o combate a covid-19 e 400 mil unidades de cloroquina.

“Destinamos também a esse Estado maravilhoso, mesmo sem comprovação científica, mais de 400 mil unidades de cloroquina para o tratamento precoce da população. Eu sou a prova viva que (cloroquina) deu certo. Muito médicos defendem esse tratamento”, disse.

O presidente voltou a repetir também que sempre alertou sobre a necessidade de combater o vírus e o desemprego causado pela pandemia da covid-19. “Sabemos que a vida não tem preço, mas o desemprego leva à depressão e leva também à doença e à morte”, declarou.

Bolsonaro: vamos fazer silêncio para ela falar ‘fora Bolsonaro’ sozinha

O presidente Jair Bolsonaro ouviu gritos de protesto durante sua fala em evento nesta quinta-feira, 13, em Belém (PA) O chefe do Executivo, contudo, não se deixou abalar e afirmou que a mulher que gritava tinha “todo o direito” de falar “Fora Bolsonaro”.

“Tem todo o direito de falar ‘fora’. Vamos fazer silêncio para ela falar “Fora Bolsonaro” sozinha. Deixa ela falar, fica à vontade. Tudo bem”, afirmou, e após breve pausa prosseguiu com seu discurso.

Apesar do protesto, na chegada à capital paraense o presidente foi recepcionado com música e fogos. Em vídeo postado em suas redes sociais mais cedo, Bolsonaro aparece discursando ao microfone, apoiado em um carro, para uma multidão aglomerada.

Bolsonaro está no Pará para a inauguração da obra de revitalização do Porto Futuro, em Belém. O chefe do Executivo foi acompanhado dos ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e das Comunicações, Fábio Faria. No evento de inauguração, Bolsonaro lembrou que hoje faz 25 anos da morte do seu pai, e aproveitou para mencionar que o seu perfil conservador, de valorização da família, foi um dos fatores que o fizeram chegar à presidência.

“Sabia que não seria fácil, como não está sendo, mas é uma missão. A cruz é pesada mas Ele não nos dá algo que nós não possamos carregar. E eu carrego essa cruz juntamente com o povo de bem, povo que quer mudar destino da sua nação”, declarou.

O presidente também enalteceu sua gestão dizendo que em um ano e meio de governo não houve casos de corrupção. Ele destacou ainda as ações federais no combate à pandemia de covid-19. “O governo rolou dívidas, adiantou recursos, compensou perdas de ICMS e ISS para Estados e municípios, combatemos o desemprego lá atrás”, disse.

Estadão Conteúdo

 

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