PCA acelera 1,35%, em dezembro, acumulando alta de 4,52% em 2020

10/11/2015. Crédito: Carlos Moura/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Fatores climáticos e a inflação. Supermercado no Cruzeiro.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, encerrou 2020 com alta de 4,52%, a maior taxa anual desde 2016 e acima do centro da meta determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4%.

Esse resultado ficou acima das previsões do mercado, cujo teto das previsões era de 4,50%, e ocorreu após o avanço de 1,35% no IPCA de dezembro. O dado indicou aceleração de 0,46 ponto percentual sobre a taxa de 0,89% de novembro, conforme dados divulgados, nesta terça-feira (12/01), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (1,57%) e o maior índice para o mês de dezembro desde 2002, quando subiu 2,10%. Em dezembro de 2019, a alta do IPCA foi de 1,15%.

 

De acordo com dados do IBGE, todos os grupos pesquisados tiveram alta em dezembro, com destaque para o grupo Habitação teve o maior impacto mensal, de 0,45 ponto percentual, após e alta de 2,88% no mês de dezembro.  O grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 1,74%, em dezembro, registrou alta de 14,09% no ano, a maior variação acumulada desde 2020 (19,47%), resultou em um impacto de 2,73% no IPCA de 2020.  Em dezembro, a alta ficou em 1,74%, impactando em 0,36% ponto percentual no IPCA,, de 2,73 ponto percentual sobre o IPCA acumulado do ano, encerrando 2020 com a maior variação acumulada no ano desde dezembro de 2002 (19,47%).

 

A aceleração do grupo Habitação em dezembro foi puxada pela alta de 9,34% no item energia elétrica, conforme dados do IBGE, que destacou a volta da bandeira vermelha e o fim do período de 10 meses consecutivos de vigência da bandeira tarifária verde (sem cobrança adicional na conta de luz).

 

A alta de 1,74% do grupo Alimentação e bebidas apresentou desaceleração frente ao mês anterior, quando a alta foi de 2,54%. A principal alta de preços ficou as frutas, que tiveram taxas passando de 2,20% para 6,73%, entre novembro e dezembro. A queda nos preços do tomate (-13,46%) e as altas menos intensas nos preços das carnes (3,58%), do arroz (3,84%) e do óleo de soja (4,99%), cujas variações em novembro haviam sido de 6,54%, 6,28% e 9,24%, respectivamente, contribuíram para a desaceleração desse grupo.

 

Os alimentos para consumo no domicílio, subgrupo de todos esses produtos, ficaram 2,12% mais caros em dezembro. Já a alimentação fora do domicílio (0,77%) apresentou variação maior que a do mês anterior (0,57%), com destaque para a refeição (0,74%) e o lanche (0,89%).

 

No grupo de Transportes, com alta de 1,36%, o maior impacto (0,12 ponto percentual) veio das passagens aéreas, que apresentaram alta dos preços de 28,05%. Os Artigos de residência (1,76%) tiveram a segunda maior variação entre os nove grupos pesquisados, acelerando na comparação com novembro (0,86%).

 

Para o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, o resultado do IPCA surpreendeu o mercado e “sugere alta da Selic (taxa básica de juros) em breve”. Ele aposta em retomada do ciclo de alta dos juros, entre o primeiro e o segundo trimestre , com a Selic encerrando o ano em, pelo menos, 4%.

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