A casa de apoio funciona há 44 anos no DF, abriga 92 idosos e conta com 91 funcionários. A casa tem recursos públicos e também conta com doações
Funcionários do Lar dos Velhinhos Maria Madalena, tradicional casa de acolhimento de idosos do Distrito Federal, no Núcleo Bandeirante, declararam greve na sexta (11). Eles relatam que estão há mais de 40 dias sem receber salário.
A casa de apoio funciona há 44 anos no DF, abriga 92 idosos e conta com 91 funcionários. A casa tem recursos públicos e também conta com doações.
A funcionária Lilian Carvalho, 31 anos, trabalha na captação de recursos e marketing do abrigo.
Ela conta que o repasse deve ser feito no primeiro dia do mês, pela Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes-DF), mas ele não foi realizado, nem em setembro e nem em outubro.
Compromisso
Em 2022, a Sedes-DF assinou um termo de colaboração com o Lar dos Velhinhos, prevendo o pagamento mensal até 2027.
Lilian relata ter entrado em contato com a Sedes, e estar cobrando o repasse do órgão, do Governo do Distrito Federal (GDF) e do governador, Ibaneis Rocha.
“Eles dizem que estão sem recursos e dependem de um orçamento, sendo que, em 2022, eles assinaram um termo de convênio até 2027. Eles já deveriam ter orçado isso.”
“Nem a passagem eles receberam”
A funcionária explica que não sabe qual é a previsão de término da greve.
“Não há previsão. Eles precisam receber. Essa é a única reivindicação, os funcionários precisam cumprir com suas despesas pessoais. Nem a passagem eles receberam.”
Confira o vídeo publicado por eles nas redes
A Secretária de Desenvolvimento Social (Sedes) informa que segue em contato com a Secretaria da Economia a fim de fazer os pagamentos da referida Organizações da Sociedade Civil (OSC). Entretanto, até o momento ainda não há uma previsão porque é aguardada a suplementação orçamentária.*
*A suplementação orçamentária ocorre quando é preciso fazer um complemento na Lei de Orçamento Anual (LOA) do órgão para atender às despesas já definidas, a fim de cumprir com as obrigações devido a ajustes e gastos imprevistos que o Estado precisa fazer para pagar contratos, manter serviços públicos funcionando e executar novas políticas públicas. A medida é uma prática adotada por governos dos níveis federal, estadual, municipal e distrital.