Apesar dos altos números da imunização, casos e internações por covid-19 continuam crescendo no país
As autoridades sanitárias do Chile informaram que mais de 12,7 milhões de pessoas no país receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, mais de 50% da população-alvo, apesar do número de infecções pelo novo coronavírus ainda permanecer alto.
No último dia, foram somados 7.357 novos casos e 218 óbitos, um dos maiores números de toda a pandemia, deixando o saldo até o momento de 1,1 milhão de positivos e 24.766 vítimas desde março do ano passado.
Entre as 12,7 milhões de pessoas imunizadas, mais de 5 milhões já receberam as duas doses da vacina, principalmente da CoronaVac e, em menor proporção, de Pfizer/BioNTech.
O Chile, que em março tornou-se no país que mais rápido vacinou contra a covid-19 no mundo, é agora o terceiro que administra mais novas doses diárias, atrás de Israel e Emirados Árabes Unidos, de acordo com dados da Universidade de Oxford.
Embora o país esteja realizando um dos processos de imunização mais bem-sucedidos do mundo, com o qual conseguiu reduzir o número de internações de idosos, o governo ainda não foi capaz de conter a propagação do vírus.
Há semanas que o país atravessa o momento mais crítico da pandemia devido a uma segunda onda que se agravou em março, causando um grande aumento de infecções e levando o sistema hospitalar à beira do colapso.
A taxa de ocupação de leitos das Unidades de Terapia Intensiva ultrapassou 95% e nas últimas 24 horas, foram internadas 3.257 pessoas nas UTIs, o que significa que apenas 214 leitos permanecem livres em todo o país.
No último dia, foram realizados mais de 70.821 testes PCR com uma taxa de positividade nacional – número de infecções detectadas a cada 100 testes realizados – de 9,7%, longe dos 5% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para considerar a pandemia sob controle.
Para conter a propagação do vírus, que os especialistas culpam pela chegada de novas variações do exterior, 90% da população está em quarentena total, significando que só pode sair para realizar atividades essenciais e todos os estabelecimentos comerciais permanecem fechados, exceto aqueles considerados de primeira necessidade.
Além disso, as autoridades fecharam as fronteiras e concordaram em adiar para 15 e 16 de maio as eleições que aconteceriam agora em abril.