Nunca cometi violência”, diz deputado distrital acusado pela ex

Membro da CPI do Feminicídio, o deputado Hermeto (MDB) nega as acusações de violência doméstica. O TJDFT concedeu medida protetiva que o proíbe de se aproximar da ex-esposa

 

Acusado pela ex-mulher, a advogada Vanusa Ferreira, de violência doméstica, o deputado distrital Hermeto (MDB) disse em entrevista ao Jornal Correio BRAZILIENSE, nesta última sexta-feira (1º/11), que jamais cometeu qualquer tipo de agressão contra mulheres e que é vítima de uma armadilha política e pessoal.

Ele é alvo de medida protetiva, concedida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que o proíbe de se aproximar da ex-esposa.

Membro da CPI do Feminicídio da Câmara Legislativa, o parlamentar afirmou que não deixará a comissão. “Não saio da CPI. Nunca cometi violência contra mulheres. Isso seria um atestado de culpa, e eu não tenho culpa. Sempre protegi as mulheres”, diz.

De acordo com Hermerto, os problemas com a ex-mulher começaram quando ele pediu a separação, em setembro deste ano, após descobrir que era traído. Segundo ele, não houve acordo sobre os termos do divórcio.

Ação contra a ex-mulher

O parlamentar entrou com uma ação em que pede a apuração de falsa comunicação de crime, calúnia, difamação e injúria.

Além da motivação pessoal, Hermeto alega que a denúncia tem um objetivo político. De acordo com ele, Vanusa tem pretensões de se candidatar nas próximas eleições e tentou utilizar o mandato dele para ganhar visibilidade. “Ela tinha funcionários indicados no meu gabinete e não gostou quando, depois de tudo, os exonerei.”
Ainda segundo Hermeto, a advogada pretendia usar a participação dele na CPI do Feminicídio para ganhar visibilidade política. “Por que essa medida protetiva assim que eu entro para a CPI? Quase dois meses depois do divórcio? Eu me separei porque queria viver a minha vida, ser feliz, sair de um casamento em que eu tinha uma dependência emocional.”

O que Vanusa diz

A ex-mulher de Hermeto, Vanusa Ferreira, afirma que pedia o divórcio desde dezembro de 2018 e que sempre esteve de acordo com a separação. Segundo ela, houve inúmeras oportunidades de denunciar o ex-marido, mas preferiu preservar a imagem dele, até ter conhecimento de que ele participaria da CPI.

Além disso, a situação tomou outras proporções após saber que o ex teria entrado na casa dela em um momento em que ela não estava lá. Hermeto afirma que foi à residência quando ela estava viajando para o exterior apenas para pegar pertences pessoais. Não havia, segundo ele, qualquer medida protetiva que o impedisse naquele momento.

“Eu não tenho nenhum prazer na desconstrução da imagem dele. Essa história que ele alega, de que estou estou descontente com a separação, não é verdade, porque peço o divórcio há mais de nove meses”, contesta. “Eu venho sofrendo ameaças, torturas psicológicas, quebra do meu sigilo”, completa.

Decisão de denunciar

Ela afirma que demorou a expor a história porque não queria prejudicar o mandato do ex-marido. “Mas um representante público que não respeita a minha dignidade, a minha história como mulher, e está na frente de uma CPI que vai fazer defesa de mulheres, é uma situação que não faz sentido”, diz.

De acordo com Vanusa, na data em que o deputado protocolou o pedido de divórcio, ela teria ido a delegacia fazer ocorrência, mas desistiu logo depois. Além da ocorrência mais recente, feita na última quinta-feira (30/10), a advogada também registrou um boletim em 2001, alegando agressão física e ameaça de morte, quando ficou exposta à mira de uma arma.

 

 

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