‘Não pode errar nos destaques’, diz Maia sobre segundo turno da Previdência

No primeiro turno, os deputados conseguiram aprovar quatro alterações no texto

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aproveita os últimos dias antes do recesso parlamentar, que começa oficialmente na quinta-feira (18/7), para discutir os próximos passos da reforma da Previdência. Apesar do placar positivo no primeiro turno de votação, na última quarta-feira (10/7), com 379 votos favoráveis, ele tem duas principais preocupações quanto à próxima rodada: que a matéria não seja desidratada pelos destaques e que os colegas não abandonem a Casa depois de aprovado o texto-base.

“Não pode errar no quórum, não pode errar nos destaques”, disse Maia, nesta terça-feira, após se encontrar com líderes partidários, na residência oficial, durante a tarde. Entre os presentes, estavam o líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (BA), o líder da Maioria na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR).
Na reunião, os deputados fizeram uma “radiografia” dos resultados dos destaques, que são as mudanças aprovadas depois do texto-base. “Às vezes, um destaque gera um prejuízo, uma perda de economia muito grande, que poderia atrapalhar o resultado final da aprovação da PEC”, alertou o presidente da Câmara.
No primeiro turno, os deputados conseguiram aprovar quatro alterações. O impacto fiscal ainda não foi divulgado pelo governo, mas é estimado em até R$ 100 bilhões por consultores legislativos. Se os destaques apresentados pelo PT tivessem sido aprovados, a perda fiscal superaria R$ 300 bilhões em 10 anos.
Por isso, para conseguir manter a economia com a reforma por volta dos R$ 900 bilhões na próxima década, não basta aprovar a matéria em segundo turno. É preciso garantir que os deputados pró-reforma estarão no plenário depois da aprovação do texto-base, para barrar os destaques da oposição. “A gente viu a dificuldade que tivemos em alguns destaques, em alguns momentos, até pela redução do quórum, que acontece em alguns momentos da votação”, lembrou Maia.
Segundo o presidente da Câmara, é mais difícil manter os deputados no plenário nos horários próximos do almoço ou do jantar. “O quórum reduz. Então, tem que administrar isso direito”, reforçou. O objetivo das conversas antes do recesso é chegar ao dia 6 de agosto, quando a reforma começará a ser debatida em segundo turno, “sem nenhum tipo de risco” de que o resultado do segundo turno seja diferente da vitória conquistada em 10 de julho.
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