Presidente afirmou que é preciso defender o regime democrático para evitar a escalada do autoritarismo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (30/1) que, sem um esforço para defender a democracia, “a gente vai ter Estados autoritários mais do que Hitler e mais do que o fascismo”.
Para Lula, a democracia “está sendo derrotada” com o crescimento da extrema-direita, como ocorre nos Estados Unidos e na Europa.
“Vocês têm que saber de uma coisa: para mim a democracia é a coisa de maior relevância nesse instante na humanidade, não é no Brasil. Ou a gente mantém a democracia funcionando, ou a gente vai ter Estados autoritários mais do que Hitler e mais do que o fascismo”, declarou o presidente em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
Lula afirmou que vem dizendo aos trabalhadores que as conquistas ocorrem apenas em regimes democráticos, com direito a greve, a “xingar o governo”, fazer passeatas e outras formas de manifestação política.
“Jamais num regime autoritário um metalúrgico seria presidente da República. Jamais um índio seria presidente da Bolívia (Evo Morles). Ela permite uma aliança entre eu e o José Alencar. Entre eu e o (Geraldo) Alckmin. Quem imaginava que eu ia fazer uma aliança com o Alckmin? Eu fiz e sou agradecido pelos extraordinários serviços que ele está prestando ao país e ao meu governo”, disse ainda o presidente.