Grupo de músicos faz ato em exibição de filme marcada por Eduardo Bolsonaro

Película abordava como enredo o golpe militar de 1964

 

Apesar de não ter aval da Administração Regional para exibir em praça pública um filme sobre o regime militar, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), compareceu na noite desta quinta-feira (7) na Vila Planalto para a exibição do filme 1964: o Brasil entre armas e livros. O encontro foi marcado pelo Whatsapp e gerou polêmica.
Na chegada, por volta das 19h30, o deputado foi ovacionado pelos bolsonaristas e tirou selfies com os cerca de 40 telespectadores. Em seguida, cerveja grátis foi oferecida aos  presentes. Eduardo sentou em meio ao povo, na presença de três seguranças. Após cerca de 15 minutos de exibição do filme, houve um rápido blackout na praça da Vila e um grupo de 30 músicos iniciou um ato em contraponto à exibição da produção. Ao som de batuques, trompetes, saxofones e clarinetes, eles entoaram marchinhas de carnaval. Os atos ocorreram lado a lado. Os manifestantes pediam pela cassação do deputado e gritavam: “Tortura é crime”, enquanto que o grupo bolsonarista assistia ao filme.
Por volta das 20h50, Eduardo deixou o local. Uma das manifestantes, que preferiu não se identificar, explicou que o evento tinha por objetivo a ocupação da praça. “Resolvemos mostrar nossa indignação fazendo música, arte. Não concordamos com a exibição do filme de ditadura em plena praça, como se fosse algo a ser comemorado”, apontou.
A jornalista Fernanda Vieira, 30 anos, também presente no ato, afirmou que decidiu marcar posição diante do governo Bolsonaro. “Eles têm tendência antidemocrática. Não podemos permitir essa apologia à ditadura. Viemos mostrar nosso descontentamento diante dessas posições”, pontuou.
Do outro lado, a simpatizante de Bolsonaro, Ieda Bezerra, 78 anos, afirmou achar desnecessário um ato no mesmo momento em que eles se reuniam para assistir à película. “Complicado. Mas a gente respeita a todos. Poderia ter sido depois do filme. Mas a intenção não é caçar briga com ninguém. Não devemos brigar por política”, diz.
A Polícia Militar acompanhou a manifestação, que seguiu pacífica.
“É inadmissível que qualquer pessoa defenda o Golpe Militar de 1964. Tratando-se de um deputado federal, eleito pelo povo, que tomou posse jurando defender a Constituição Federal, além de filho do presidente da República, é ainda mais grave
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