Governo diz que aceitará recursos desde que tenha autonomia para geri-los

De acordo com porta-voz do Planalto, verbas para combater as queimadas na Amazônia são bem-vindas, porém, a autonomia do governo precisa ser garantida

 

O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou na noite desta terça-feira (27/8), que o governo brasileiro está aberto a receber recursos de países e organismos internacionais no combate às queimadas na região amazônica, desde que o país tenha autonomia plena na gestão dos recursos.
O porta-voz no entanto, não deixou claro se isso também valia para o pronunciamento de mais cedo do presidente Jair Bolsonaro, de que aceitaria os recursos do G7 apenas se o presidente francês, Emmanuel Macron, pedisse desculpas.
Ainda na noite de segunda (27), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou que o Brasil rejeitaria a oferta. A informação foi confirmada pelo Planalto.
Rêgo Barros reconheceu ainda que o governo brasileiro está preocupado de que haja uma “desidratação” da imagem do país no exterior.
“Por isso o presidente determinou ao Ministério das Relações Exteriores que avancem a narrativa do governo explicando à sociedade nacional e  internacional que determinados posicionamentos não são corretos, vamos avançar para combater  narrativas equivocadas”.
Ainda segundo o porta-voz, na quinta-feira (29), Onyx Lorenzoni apresentará a consolidação das propostas dos governadores ao presidente Bolsonaro e que as mesmas serão discutidas posteriormente com cada um dos governadores. O retorno do país ao Fundo Amazônia também é um dos tópicos que serão discutidos.
Mais cedo, o presidente da República recebeu os governadores dos estados da Amazônia Legal. Durante uma reunião na manhã desta segunda-feira com o presidente Bolsonaro, os governadores da Amazônia Legal defenderam que o país aceite a ajuda internacional. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que não é o momento de “rasgar dinheiro”.
Em resposta, o porta-voz disse que ‘O governo não rasga dinheiro. Não rasga e não rasgará. Rasgar dinheiro não é uma coisa adequada em um governo que tem a austeridade como princípio maior”.
Sobre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que afirmou que o orçamento previsto para a pasta no ano que vem pode inviabilizar a segurança,  Rêgo Barros informou que está prevista para amanhã (27) uma reunião para promover reforço das verbas. No entanto, não adiantou quais seriam as medidas.
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