Angela Amin (PP-SC) entregou declaração à Mesa Diretora nesta quarta-feira (11). “Sou a favor do voto auditável”, afirmou
A deputada federal Angela Amin (PP-SC) entregou uma declaração de voto sobre a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso, derrotada em plenário nesta terça-feira (10). No registro, a parlamentar votou não, mas disse que houve um erro no sistema e declarou ser a favor da medida.
“Minha posição é clara: sou a favor do voto auditável! Um erro no sistema não permitiu que eu retificasse o equívoco cometido durante a votação. Estou com a consciência tranquila, pois meu voto e posicionamento permanecem os mesmos: favoráveis a matéria”, afirmou Angela.
A parlamentar discursou em plenário nesta quarta-feira (11), falou sobre o assunto e entregou a declaração à Mesa Diretora. “Votei a favor na comissão especial e, na data de ontem, no momento da votação, e quero dizer que sim, reconheço, que me enganei, ou errei, e reconheço o erro. Entrei novamente no sistema para operar o meu voto, e o sistema não funcionou”, disse.
Angela contou, ainda, que recebeu um telefonema da deputada Margarete Coelho (PP-PI) solicitando a mudança de sua posição. “Deixei claro que tinha convicção da necessidade da atualização e modernização do sistema e que não voltaria atrás”, relatou.
A parlamentar criticou, ainda, o presidente Arthur Lira (PP-AL). “No momento que houve o problema, pedi para que tivesse oportunidade, por meio do momento do líder, para esclarecer a situação. Não me concederam. Lamento. Sou do mesmo partido que o presidente desta Casa e não tive essa oportunidade, mas quero dizer que sou a favor do voto auditável”.
Em uma derrota ao governo Bolsonaro, a Câmara dos Deputados derrubou nesta terça-feira (10) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que torna obrigatório o voto impresso. Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção. Eram necessários 308 votos favoráveis para que a PEC fosse adiante.
A adoção do voto impresso, bandeira do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já havia sido reprovada na comissão especial da Câmara na quinta-feira (5), por 23 a 11 votos, mas foi encaminhada ao plenário pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Ao chegar ao Congresso nesta terça, Lira disse que Bolsonaro se comprometeu a aceitar o resultado da votação na Câmara dos Deputados.