Ao lado de indígenas, Bolsonaro volta a defender garimpo em reservas

De acordo com o presidente, cada um deveria ter o direito de explorar sua própria terra

 

 

Em live transmitida pelo Facebook, na noite desta quinta-feira (8/8), o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender que o garimpo seja liberado. Ao lado de indígenas da reserva Raposa Serra do Sol, que fica em Roraima, falou sobre a possibilidade de liberação da atividade, inclusive, em terras indígenas.

De acordo com o chefe do Executivo, garimpar a própria terra é uma pauta defendida por índios e quem se coloca contrário não está a favor deles. “O índio é nosso irmão, eles querem dentista, médico, não sei qual a expectativa de vida dele, acho que está abaixo de 50 anos. Ele quer explorar sua terra, quer plantar, quer garimpar, quer ganhar a vida dele”, argumentou.
A questão gera polêmica: um dos motivos de não ter exploração mineral em terras indígenas é para preservação da biodiversidade. A maior parte das reservas está na Região Amazônica.
Os índios presentes disseram ser a favor da medida. “Vivemos em uma terra riquíssima, que hoje está tudo embargada. Nós vivemos um novo estilo de vida. Não há nenhuma possibilidade de vivermos da forma que viviam nossos pais”, disse.
Para o presidente, as pessoas que dizem estar ao lado dos indígenas, na verdade, só estão querendo explorá-los. “Tem um pessoal que usa o índio como massa de manobra, para deixá-los isolados. O índio não fala a nossa língua”, disse.

Bolsonaro volta a fazer provocações a imprensa

Durante a transmissão, o presidente retomou a questão da mudança em relação aos balancetes deixarem de ser publicados em jornais. Com a edição de terça-feira (6/8) do jornal O Globo na mão, com a manchete Capitão Motoserra. Bolsonaro disse que a medida é para mostrar que é sim a favor do meio ambiente. “Para fazer jornal tem que derrubar árvores? Tenho certeza que o Valor Econômico deve buscar outra fonte para a receita. Eu espero que na capa do O Globo amanhã eu não seja mais o capitão motoserra. Boa sorte”, disse.
Bolsonaro também convocou a imprensa a ver o extrato do cartão corporativo dele. “Desafio para imprensa, O GloboEstado de S. PauloValor EconômicoFolha de S. Paulo, Correio Braziliense, vamos fazer uma matéria? Vou abrir o sigilo do meu cartão”, disse, sem dar explicações sobre os gastos e nem valores. Dados do Portal da Transparência do governo federal mostraram que somente nos primeiros seis meses deste ano, os gastos da Presidência da República já chegaram a R$ 5,8 milhões com os cartões corporativos.
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