A Cirurgia do Ex-presidente Jair Bolsonaro terminou após 12 horas

Em postagem nas redes sociais, Michelle Bolsonaro disse que o procedimento foi concluído com sucesso

 

Depois de 12 horas sendo operado, o ex-presidente Jair Bolsonaro está a caminho da sala de extubação e passa bem. Informações são da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro através de postagem nas redes sociais.

“Cirurgia concluída com sucesso! Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo. Em breve, os médicos darão uma coletiva com mais informações”, disse.

De acordo com o boletim médico, a cirurgia de Bolsonaro não teve intercorrência. O documento diz ainda que a obstrução intestinal foi devido a uma dobra do intestino delgado que dificultou o trânsito intestinal do ex-presidente. A dobra foi desfeita junto com a retirada das aderências. No momento, Bolsonaro encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) “estável, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções”, afirma o boletim.

O ex-presidente passou por uma laparotomia exploradora, procedimento realizado para liberar aderências intestinais da parede abdominal.

É esperado que ocorra uma coletiva com a equipe médica para falar sobre os detalhes da cirurgia, as condições de Bolsonaro e quais são os próximos passos do tratamento do ex-presidente.

Cirurgia longa

O procedimento ao qual o ex-presidente foi submetido é uma laparotomia exploradora, para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal, conforme boletim médico.

Médicos especialistas consultados explicam que o laparotomia exploradora consiste na abertura do abdômen para investigar algum problema. “A laparotomia exploradora é um procedimento onde a gente realiza a abertura da cavidade abdominal e a lise das aderências é a gente realizar a liberação de todas as aderências do intestino, o que é muito comum em casos de pacientes que já tiveram uma cirurgia por via laparotomia e principalmente aqueles que tiveram complicações, como os sangramentos”, explicou Arnaldo Nacarato, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Brasília Águas Claras, da Rede Américas

O médico anestesiologista e intensivista Fernando Mayer explica que no caso de Bolsonaro, há uma obstrução por conta das aderências e os problemas atuais têm potencial relação com a facada que o ex-presidente levou em 2018. Isto porquê naquele momento, Bolsonaro foi submetido a um procedimento cirúrgico sem o devido preparo intestinal — já que foi vítima de um ataque —  e processos inflamatórios o levaram a ter complicações posteriores.

“Isso acontece quando o paciente leva uma facada ou um tiro, por exemplo. Só que depende muito da resposta de cada um. A aderência é um processo inflamatório que acaba grudando uma alça intestinal na outra. Pensa o seguinte, o intestino, ele é um tubo único que começa na boca e termina no ânus. Então, que você vai formando o bolo fecal. É, só que é um tubo único, só que fica um encostando no outro ali. Quando você tem uma aderência, é que uma alça ali acabou grudando a outra e isso às vezes atrapalha esse caminho. Um paciente, igual ele, que sofreu a facada, depois teve com a cirurgia, refez cirurgia, refez cirurgia, então cada vez que entra, a chance de ter que reabordar no futuro por aderência vai aumentando, entendeu? Então ele tem uma resposta inflamatória muito grande e vai criando novas aderências”, detalha o profissional.

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