Inciativas visando à preservação avançam na sociedade

Diversas empresas que utilizam plástico em seus produtos estão procurando e desenvolvendo alternativas para a reutilização do material, a chamada economia circular. Segundo a pesquisa sobre reciclagem mecânica do plástico, encomendada pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), 23,1% dos resíduos pós-consumo no Brasil foram reciclados no ano de 2020, demonstrando as oportunidades de crescimento para esse segmento.

Nos últimos tempos, o upcycling tem conquistado muito espaço, graças às técnicas sustentáveis e à maior preocupação com questões ESG. O upcycling consiste, basicamente, em dar nova vida a materiais que seriam descartados, com criatividade e qualidade igual ou até superior ao produto original.

“Na indústria da moda, o upcycling surge como uma solução que está começando a ser desenvolvida por pequenos artesãos e marcas, como é o caso da Florita, marca de wellness, que fabrica biquínis e outras peças com um tecido produzido a partir da reciclagem de resíduos plásticos”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news)..

O Brasil está entre os países que mais produzem lixo eletrônico no mundo, segundo o The Global E-waste Monitor. O levantamento mostra um cenário urgente com relação à responsabilidade compartilhada sobre o ciclo de vida de todos os materiais usados no dia a dia.

Mais de 290 mil toneladas. Esse é o total estimado de resíduos hospitalares gerados em todo o Brasil no primeiro ano da pandemia. Isso representa um aumento de 15% em relação a 2019. Os dados são do Panorama de Resíduos Sólidos 2021, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Em busca dessa conscientização, instituições de saúde têm implantado projetos de logística reversa em seus processos. Em Curitiba (PR), os hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, que fazem parte do Grupo Marista, criaram, em plena pandemia, uma iniciativa para reciclagem dos enxovais hospitalares. Com isso, conjuntos de roupas usados por pacientes e equipes são agora transformados em revestimento automotivo. As peças são armazenadas, coletadas e então desfibradas para ganharem novos usos.

O projeto já fez com que 1,7 tonelada de enxovais deixasse de ser resíduo, descartados em lixo comum ou infectante, para passar a ser matéria-prima. “Sempre tivemos um volume grande de enxovais descartados e vimos à necessidade de buscar uma saída. Agora, conseguimos minimizar o impacto do lixo e reaproveitar esse material de forma mais sustentável”, relata o gerente de Facilities do Grupo Marista, Fabio Pace Adamo.

“Uma pesquisa internacional da JLL sobre a perspectiva dos funcionários em relação à sustentabilidade no espaço de trabalho retrata esse novo cenário. A questão ambiental é relevante principalmente quando se trata de colaboradores mais jovens. Até 81% dos trabalhadores de 21 a 30 anos de idade esperam que sua empresa siga práticas de negócios sustentáveis, e 70% deles preferem que seu futuro empregador seja um líder em sustentabilidade”, relata Vininha F. Carvalho.

“À medida que os debates sobre a preservação do planeta avançam na sociedade, vemos que os funcionários passam a cobrar esse tipo de ação inclusive das empresas. A responsabilidade socioambiental passa por proporcionar uma melhor qualidade de vida, por isso é cada vez mais valorizada pelos colaboradores e pelos candidatos em busca de uma nova colocação”, diz Luciana Arouca, diretora de Sustentabilidade da JLL.

“Para evoluir na jornada rumo ao desenvolvimento sustentável é preciso implantar mais que um propósito. Requer uma equipe capacitada e, que consiga encontrar as melhores alternativas, para assegurar que as atividades sejam executadas de um modo seguro, econômico, eficiente e com o menor impacto ambiental”, conclui Vininha F. Carvalho.

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