O envelhecimento populacional tem se intensificado em diversas regiões do mundo, trazendo desafios para a saúde pública, especialmente no enfrentamento das doenças neurodegenerativas. Com o aumento da expectativa de vida, cresce também o número de pessoas suscetíveis a essas condições, que podem comprometer a qualidade de vida desse grupo etário.
Dados do Ministério da Saúde, colhidos através do “Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (re)conhecimento e projeções futuras”, apontam uma estimativa de 8,5% da população com 60 anos ou mais que convive com demência. Esse montante representa cerca de 1,8 milhão de casos, corroborando para um cenário futuro também preocupante: até 2050, a projeção é que 5,7 milhões de pessoas sejam diagnosticadas no Brasil.
Para a Profa. Dra. Renata Aguilar, neuropsicopedagoga e diretora pedagógica do Grupo Super Cérebro, o momento requer atenção múltipla. “O Brasil não está preparado para essa nova demanda, seja em relação aos serviços de saúde quanto socioeconômicos. Atualmente, nosso país não promove esse suporte preventivo com hábitos saudáveis físicos, cognitivos e sociais, o que poderia trazer grandes benefícios para a população idosa”, sugere a especialista.
A atenção ao tema atravessa fronteiras e já vem sendo observada com mais proximidade por algumas nações. Com esse intuito, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça a urgência de ações preventivas voltadas à saúde mental dos idosos. Em 2020, a instituição definiu o período de 2021 a 2030 como Década do Envelhecimento Saudável, com objetivo de tornar a iniciativa uma ação internacional para melhorar a vida dos idosos em todos os aspectos: mudar o estigma da velhice, facilitar a reconhecer a pessoa idosa como parte atuante de sua comunidade, fornecer atenção integrada à saúde e prover acesso aos cuidados de longa duração aos que necessitam.
A neuropsicopedagoga evidencia que, para além de ações governamentais e atenção social, o papel da comunicação ativa está no topo da pirâmide. “À medida que envelhecemos, é comum que as pessoas se afastem e tendam a manter-se mais isoladas, os filhos crescem e muitas vezes se perde o parceiro de uma vida inteira. Muitas pesquisas indicam que o isolamento e a falta de comunicação podem trazer prejuízos cognitivos e emocionais”, alerta.
A afirmação é parte da realidade no Brasil. Segundo dados do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), noticiados pelo portal de notícias GZH, quase três em cada 10 idosos (28,7%) moram sem companhia. “A convivência social estimula conexões neurais através de diálogos, narrativas e troca de experiências, auxilia a manter o cérebro ativo na linguagem e também nas funções executivas, proporciona apoio emocional, o que pode diminuir sintomas de ansiedade e depressão, comuns em fases iniciais das demências”, explica a Profa. Dra. Renata Aguilar.
Aguilar destaca também a importância de uma rotina ativa e conectada socialmente como forma de prevenção contra doenças neurodegenerativas. “Praticar atividades cognitivas e manter uma rotina social ampla é uma excelente estratégia preventiva. Assim como leitura, jogos de lógica, aprendizado de novas habilidades, tudo isso cria uma reserva cognitiva que ajuda o cérebro a minimizar os impactos do envelhecimento”, sugere a diretora pedagógica.
Super Cérebro: para todas as idades
O Grupo Super Cérebro tem atuado no segmento de longevidade com a promoção de atividades cognitivas e socioemocionais, com aulas focadas na comunicação e na interação. Por meio de sua metodologia, as aulas em grupo e individuais têm como objetivo minimizar os impactos da solidão causada pelo envelhecimento.
As atividades utilizam técnicas para estimular o raciocínio, a memória, a linguagem, a tomada de decisão, o planejamento, a organização, a criatividade e, principalmente, a convivência social por meio de jogos, dinâmicas em grupo e o uso do Soroban.
“Em nossas unidades, temos observado relatos de idosos que redescobrem o prazer de aprender, compartilhar experiências e se sentir pertencentes a um grupo. O impacto pode ir além da cognição: ele pode alcançar o bem-estar emocional, fortalecer vínculos e prevenir o isolamento”, revela Aguilar.
Com foco em atender essa parcela da população, o Grupo Super Cérebro planeja firmar mais parcerias com instituições de saúde, casas de repouso e instituições, com o intuito de levar o método a um maior número de pessoas.
“Com mais franquias, conseguimos levar nosso método com objetivo de garantir que cada vez mais idosos se beneficiem das práticas preventivas e vivam com mais autonomia, qualidade de vida e interação social e emocional”, finaliza a Profa. Dra. Renata Aguilar.
Para saber mais, basta acessar: http://www.supercerebro.com.br/