Quase metade dos jovens pensa em trocar de emprego em breve

Quase metade dos jovens pensa em trocar de emprego em breve
Quase metade dos jovens pensa em trocar de emprego em breve

Trabalhadores da Geração Z (nascidos entre 1996 e 2012) vêm cavando seu espaço nas companhias, impondo limites importantes sobre questões de saúde mental e reformando modelos de trabalho. Ao encontrarem dificuldades em ter suas condições atendidas, são mais suscetíveis a trocar de emprego; prova disso é que 47% afirmam estar inclinados a sair do trabalho de forma voluntária em seis meses, segundo estudo conduzido pelo ManpowerGroup, consultoria global de soluções para RH.

Essa alta rotatividade é um forte chamado para as empresas revisitarem suas estratégias de retenção, dado que, até 2030, essa geração vai compor 58% da força de trabalho mundial, aponta a consultoria.

Ter um emprego com atividades interessantes e boa remuneração acaba não sendo motivo suficiente para esses profissionais continuarem nas empresas. Em cenários de incertezas econômicas, sociais e políticas, eles vão priorizar oportunidades que deixem claras as chances de crescimento e que respeitem seus limites, trazendo outros benefícios.

“É importante lembrar que, além de jovens que estão iniciando agora no mercado de trabalho, a Geração Z também é composta por uma grande parcela que se aproxima dos 30 anos e tem para si algumas exigências sobre futuro profissional, segurança financeira e trilha de carreira. Portanto, os empregadores que conseguirem definir oportunidades de crescimento alinhadas a esses objetivos podem ser bem-sucedidos na redução de rotatividade”, comenta Wilma Dal Col, Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil.

Além de promover bem-estar e inclusão, estabelecer um plano de desenvolvimento, por exemplo, pode ser uma das soluções. No geral, muitas lideranças (69%) acreditam que seus colaboradores já possuem um planejamento para crescer na companhia, mas apenas 27% dos profissionais concordam, de acordo com pesquisa do ManpowerGroup.

Esse panorama evidencia uma possível falta de diálogo e clareza entre líderes e liderados sobre os objetivos do desenvolvimento profissional. Com relação à Geração Z, mais ainda. “Identificamos que hoje é fundamental que o líder tenha conversas de carreira para elaborar planos de desenvolvimento que tenham metas mensais. Essa pode ser uma estratégia interessante, desde que combinada com o profissional para alinhar expectativas de ambos os lados. Essas conversas são fundamentais, pois trazem a transparência e a estabilidade que eles buscam, além de aumentar o senso de pertencimento às organizações”, comenta Wilma.

A inexistência de um alinhamento estratégico pode acabar demonstrando que a empresa não reconhece ou valoriza os colaboradores. Isso pode contribuir para desengajamento, baixa produtividade e insatisfação; consequentemente, faz com que os profissionais procurem oportunidades em outros lugares e, assim, as organizações perdem talentos importantes.

“Quando os profissionais não se sentem vistos e não sabem que habilidades devem aprimorar, o senso de direção se perde e há uma angústia sobre como podem dar o próximo passo. Por outro lado, se há reconhecimento positivo sobre o desempenho do seu trabalho, mas não há evolução de carreira na mesma medida, por meio de promoções ou aumento salarial, o sentimento que tende a surgir é de desvalorização”, avalia Dal Col.

Esse debate reforça a importância de lideranças e recrutadores olharem cada vez mais para a durabilidade das carreiras nos próximos anos, ainda mais considerando qual será a futura composição da força de trabalho. Com isso, a executiva do ManpowerGroup defende que líderes e RH priorizem a retenção.

“Não conseguir reter talentos pode causar um ciclo vicioso. Além dos custos para substituir profissionais, a empresa fica conhecida por ter pessoas desengajadas. Isso afeta novas contratações. A alta rotatividade não é benéfica para nenhum lado, por isso, criar oportunidades de crescimento, propor novos desafios e valorizar o colaborador com ações concretas pode fazer a diferença”, finaliza a Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil.

anúncios patrocinados
Anuncio patrocinado