Julho Verde alerta para câncer de cabeça e pescoço

Julho Verde alerta para câncer de cabeça e pescoço
Julho Verde alerta para câncer de cabeça e pescoço

No Brasil, 80% dos casos de tumores de cabeça e pescoço são identificados apenas em estágios avançados, o que dificulta o tratamento e as chances de cura do paciente. O número foi levantado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) a partir de dados de 2000 a 2017.

Com o objetivo de dar visibilidade e quebrar tabus, o país promove a campanha Julho Verde, mês de combate ao câncer de cabeça e pescoço. O termo abrange tumores como câncer de laringe (onde estão as cordas vocais), tireoide, cérebro, faringe, glândulas salivares, seios paranasais, entre outros.

“Entre os principais fatores de risco desse tipo de câncer, destacam-se o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), além da exposição solar sem proteção (no caso de lábios e pele do rosto) e histórico familiar. No caso da tireoide, histórico de irradiação cervical também deve ser considerado”, explica a médica Dra. Rafaella Falco Bruhn, cirurgiã de cabeça e pescoço do Instituto Medicina em Foco.

Segundo Bruhn, é comum que os primeiros sintomas desses cânceres sejam confundidos com gripes, alergias ou refluxo, o que retarda o diagnóstico. Ela alerta que as pessoas devem ficar atentas e investigar sintomas como rouquidão persistente por mais de duas semanas, feridas na boca que não cicatrizam, dificuldade para engolir, caroços no pescoço, alteração da voz, sangramentos espontâneos e sensação de “nó” na garganta.

“Infelizmente, muitos só procuram ajuda quando o nódulo já está visível. Um simples ultrassom ou punção pode mudar totalmente o desfecho. O tumor não avisa — ele se instala em silêncio”, salienta.

“Quando identificados nas fases iniciais, esses tumores têm índices de cura que ultrapassam 80%. Além disso, intervenções menos agressivas preservam funções essenciais como fala, deglutição e respiração, impactando positivamente na qualidade de vida do paciente e reduzindo custos do tratamento oncológico”, acrescenta a cirurgiã.

De acordo com o médico Dr. Guilherme Moccelin, otorrinolaringologista do Instituto Medicina em Foco, exames como nasofibroscopia, videolaringoscopia, ultrassonografia de pescoço e tireoide, além da punção aspirativa (PAAF) guiada por imagem, são fundamentais para investigar os sintomas.

“São exames minimamente invasivos, com ampla disponibilidade e que permitem uma triagem segura, rápida e eficaz. Em alguns casos, a biópsia de lesões visíveis na boca ou laringe pode ser feita diretamente no consultório”, pontua o médico.

Os especialistas do Instituto Medicina em Foco destacam a importância de parar de fumar, moderar o consumo de álcool, usar preservativo nas relações sexuais (proteção contra HPV), manter consultas regulares com otorrinolaringologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço e procurar atendimento diante de sintomas persistentes.

De acordo com eles, quando a população é educada sobre esses riscos, aumentam os diagnósticos precoces e, consequentemente, as chances de cura.

Instituto Medicina em Foco

Localizado em São Paulo (SP), o Instituto Medicina em Foco conta com uma equipe multidisciplinar, trabalhando com avaliações clínicas com especialistas em otorrinolaringologia, cirurgia de cabeça e pescoço e endocrinologia, além de buscar facilitar o acesso a exames de imagem e biópsias, quando necessário.

O instituto tem também atendimento de fonoaudiologia voltado para pacientes com suspeita ou diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço. “Mudar a voz é uma forma do corpo pedir socorro. Além de ajudar no diagnóstico funcional, atuamos na reabilitação pós-cirurgia. A voz também precisa de acolhimento, não só técnica”, afirma Dra. Daniela Galli, fonoaudióloga especialista em voz.

Os médicos especialistas do instituto afirmam que o Julho Verde é um chamado à atenção, mas o cuidado com a saúde deve acontecer o ano inteiro.

Para saber mais, basta acessar: https://emfoco.med.br/

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