Em tempos de crise, economista aponta os EUA como destino seguro para investidor

Em tempos de crise, economista aponta os EUA como destino seguro para investidor
Em tempos de crise, economista aponta os EUA como destino seguro para investidor

Em meio à instabilidade econômica global, o mercado financeiro dos Estados Unidos mantém-se como um dos principais destinos para investidores que buscam segurança e retorno no longo prazo. Com base em décadas de desempenho consistente, resiliência frente às crises e liderança em inovação e escala global, analistas apontam que aplicar recursos no mercado americano pode ser uma estratégia sólida, sobretudo em tempos turbulentos.

Os Estados Unidos já enfrentaram e superaram eventos históricos de enorme impacto, como a Grande Depressão de 1929, a Segunda Guerra Mundial, a crise de 2008, a pandemia da Covid-19 e períodos de inflação elevada. “Mesmo diante desses choques, o S&P 500 apresentou uma média de retorno de 8% ao ano desde 1957.

Além da resiliência histórica, outro fator que reforça a atratividade americana é o poder global do dólar. A moeda norte-americana representa cerca de 88% das transações cambiais no mundo e é usada como referência para precificação de commodities como petróleo e ouro. Países como Panamá, Equador e El Salvador adotam oficialmente o dólar, que também circula amplamente em diversas economias emergentes.

Em termos de mercado, os números impressionam. De acordo com o economista Felipe Bernardi Capistrano Diniz, “o total combinado entre as bolsas de ações e o mercado de dívidas nos EUA soma aproximadamente US$ 70 trilhões, mais do que o dobro do volume agregado das nove economias seguintes”. Ainda segundo Felipe Diniz, “mais de mil empresas estrangeiras têm ações negociadas nas bolsas americanas, e cerca de 40% da receita das companhias do S&P 500 vêm de fora dos Estados Unidos, garantindo uma diversificação geográfica embutida.”

O país também lidera em inovação. Mais da metade das startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão (os chamados unicórnios) têm sede nos EUA. Além disso, 70% do valor de mercado das 100 maiores empresas do mundo está concentrado no país, número que era de 48% há apenas uma década. Essa força é sustentada por uma elite acadêmica globalmente reconhecida e por um ecossistema que atrai talentos de todo o mundo, o que ajuda a manter uma população economicamente ativa crescente, ao contrário de outras economias desenvolvidas.

A força institucional norte-americana também se reflete na capacidade do país em atrair capital mesmo durante crises. “O estado americano mais pobre tem PIB per capita superior a cinco países do G7. Isso mostra a robustez do sistema”, explica Felipe Bernardi Diniz. E mesmo com guerras comerciais, polarização política e riscos geopolíticos, os Estados Unidos continuam sendo referência para investidores internacionais.

Diante desse panorama, recomenda-se que investidores brasileiros considerem a diversificação internacional como forma de proteção cambial e exposição a uma economia com fundamentos sólidos. A alocação em ativos americanos, sejam ações, fundos ou ETFs, permite não apenas preservar valor em dólar, mas também participar de um ecossistema econômico e inovador que segue em expansão.

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