Inovações tecnológicas viram aliadas do setor de segurança

Inovações tecnológicas viram aliadas do setor de segurança
Inovações tecnológicas viram aliadas do setor de segurança

As inovações tecnológicas têm causado um impacto profundo no setor de segurança, revolucionando tanto a prevenção quanto a resposta a incidentes. Com o avanço de novas tecnologias e o investimento em inteligência artificial, big data e automação, as empresas e órgãos de segurança pública passaram a contar com ferramentas mais precisas e eficientes para monitorar, detectar e responder a ameaças.

Recentemente o Governo Federal anunciou investimento de R$ 186,6 bilhões voltados para o avanço da indústria em setores como internet das coisas, inteligência artificial e Big Data, entre recursos públicos e privados. O conjunto de ações e investimentos faz parte da Missão 4 da Nova Indústria Brasil (NIB), que tem como desafio fortalecer as cadeias produtivas de semicondutores, robôs industriais e produtos e serviços digitais avançados.

Segundo o especialista em administração pública, Leonardo Alves, um exemplo de uso bem-sucedido da tecnologia no setor de segurança é o sistema de reconhecimento facial, amplamente utilizado em aeroportos, grandes eventos e plataformas de vigilância urbana.“Essa tecnologia permite a identificação rápida de indivíduos em tempo real, ajudando a prevenir crimes ou capturar suspeitos.”

Outro exemplo é o uso de drones em operações de vigilância e patrulhamento, oferecendo uma visão ampla e de difícil acesso para monitorar áreas de risco”, esclarece Alves, ex secretário de planejamento de Maricá. Ele afirma ainda que a automação também tem sido eficaz na segurança cibernética, com sistemas capazes de detectar e neutralizar ameaças virtuais rapidamente.

Uma pesquisa conduzida pela Escola de Direito do Rio de Janeiro (FGV Direito Rio) constatou que o uso das tecnologias citadas podem impactar positivamente o funcionamento da justiça criminal, por exemplo. A tecnologia mais evidente no combate à criminalidade no Brasil são os drones, adotados por 63% das forças armadas, seguida das câmeras OCR, com 44%.

O reconhecimento facial também possui um grande destaque, estando presente em 33% das ferramentas tecnológicas, seguido das câmeras nos uniformes dos policiais, usadas em 22% das forças de segurança pública do país. Por fim, o policiamento preditivo, capaz de aplicar modelagem por computadores a dados criminais passados, é utilizado em 7% dos estados. “Isso tem levado a uma segurança mais proativa e preditiva, em vez de simplesmente reativa, permitindo que riscos sejam identificados antes mesmo de se materializarem”, avalia Alves.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que o Brasil gastou R$137,9 bilhões na função segurança pública em 2023, um crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior. No entanto, o especialista alerta que apesar dos benefícios, o uso crescente de tecnologia no setor de segurança pode levantar questões sobre privacidade e ética. 

“O equilíbrio entre o uso de tecnologias avançadas e a proteção dos direitos individuais deve ser cuidadosamente considerado, e é essencial que os sistemas sejam transparentes, regulados e usados de forma a não violar liberdades civis”, pontua o especialista.

Para saber mais, basta acessar: www.leonardoalves.online

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