Cresce número de empresas em busca de um ‘data center virtual’

Cresce número de empresas em busca de um ‘data center virtual’
Cresce número de empresas em busca de um ‘data center virtual’

Cresce, no Brasil,  o número de empresas que buscam “data centers virtuais”. As plataformas de serviços em nuvem oferecem uma série de vantagens para as empresas, tais como redução de custos, flexibilidade e escalabilidade. De maneira simples, as plataformas de serviços em nuvem atuam como um “data center virtual”. Ao invés de as empresas manterem servidores físicos volumosos e dispendiosos, elas podem armazenar seus dados e executar softwares e aplicativos na nuvem.

Através da economia de escala, a infraestrutura em nuvem se torna acessível a empresas de todos os portes, democratizando recursos anteriormente exclusivos de grandes corporações. Como destacou o engenheiro de computação Luiz Roberto Castellar Júnior, a migração para a nuvem pode oferecer uma série de vantagens para as empresas, independentemente de seu porte, tais como:

– Escalabilidade flexível: as empresas podem facilmente aumentar ou diminuir seus recursos computacionais e de armazenamento de dados de acordo com a demanda, o que se demonstra muito benéfico para operações sazonais.

– Redução de custos: vantagem econômica ao eliminar a necessidade de investir em servidores físicos caros, infraestrutura de data centers locais e os custos associados à manutenção, reduzindo drasticamente seus gastos de capital.

– Conectividade 24/7: com acesso a dados e sistemas de qualquer dispositivo conectado à internet, colaboradores podem interagir e acessar arquivos e sistemas empresariais, promovendo colaboração e decisões informadas, independentemente da localização.

– Segurança física e virtual: criptografia, autenticação dupla e monitoramento avançado garantem a proteção dos dados, além da segurança física de um data center, os quais são protegidos com vigilância 24/7, acesso restrito, e redundância de energia e internet para garantir a continuidade das operações, ainda que em situações adversas.

– Redução da necessidade de pessoal dedicado à manutenção e monitoramento de infraestrutura: a equipe de TI pode se concentrar em tarefas mais estratégicas e de inovação. Além disso, a automação também reduz erros humanos e melhora a eficiência operacional, resultando em um departamento de TI mais enxuto e eficaz.

– Benefícios para o meio ambiente: a concentração de recursos em servidores compartilhados significa uma menor emissão de gases de efeito estufa, comparada às configurações tradicionais de TI.

Por outro lado, e de acordo com a Algar Telecom, os principais desafios na hora de migrar a infraestrutura de servidores locais para plataformas de serviços em nuvem são: mudança cultural, período de interrupção e indisponibilidade, risco de perda de dados, falta de conhecimento para gerenciamento do novo modelo e a integração com os sistemas existentes.

Um cenário que insiste em permanecer, mas que, segundo o engenheiro, tende a diminuir, são as empresas que possuem seu ambiente de TI incorporado à empresa. Nesse esteio, pesquisa feita pela IDC Brasil apontou que 59% das empresas mantêm aplicações críticas em infraestruturas próprias. “Custos elevados de manutenção, falta de escalabilidade e flexibilidade, vulnerabilidades de segurança e tempo de inatividade e continuidade são os principais riscos que essas empresas correm”, diz o engenheiro.

Para uma empresa em expansão, por exemplo, contar com um data center virtual permite que ela cresça em volume de dados e processamento computacional sem a preocupação de aumentar sua quantidade de servidores. “A flexibilidade escalável é um dos maiores pontos fortes das plataformas de serviços em nuvem, pois as empresas podem facilmente ajustar recursos conforme a demanda, garantindo que os sistemas permaneçam eficientes, independentemente das flutuações do mercado.”

Pela ótica da sustentabilidade, uma preocupação do setor é a poluição vinda de data centers. Curiosamente, dados de pesquisa feita pela Veritas Technologies, apontam que metade dos consumidores se preocupam com o fato de que o armazenamento de dados online desperdiça energia e produz poluição ambiental. 

No entanto, é importante destacar que, atualmente, e no formato predominante, a produção de “lixo eletrônico” advinda da constante necessidade de atualização dos data centers físicos, bem como o desperdício de energia gerados pelos pontos de consumo dispersos, podem ser ainda maiores. “Além de ser uma solução financeiramente inteligente, os ‘data centers virtuais’ também promovem benefícios ecológicos, pois o compartilhamento de recursos em servidores significa uma menor pegada de carbono em comparação a abordagens tradicionais de TI”, rebate Luiz Roberto.

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