Nordeste se destaca na produção de energia solar

Nordeste se destaca na produção de energia solar
Nordeste se destaca na produção de energia solar

O uso da energia solar vem crescendo no país nos últimos anos. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em 2022 houve um crescimento de 64% em relação ao ano anterior. E as projeções da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês) mostram que o Brasil terá mais de 66 gigawatts de capacidade solar instalada em 2027, ou seja, triplicará a sua atual capacidade operacional em energia solar (22,9 GW). E a previsão da Absolar para este ano são ainda mais animadoras, com projeção de aumento de 42% na capacidade de produção de energia solar.

E os estados do Nordeste têm destaque nacional, por ser uma das regiões do país com maior insolação. Os estados nordestinos líderes na geração de energia solar são Bahia (684 MW), Ceará (536 MW), Pernambuco (521 MW), Maranhão (380 MW) e Rio Grande do Norte (347 MW). Entre os municípios do Nordeste, Teresina (PI) é o de maior destaque com 145 MW de capacidade instalada.

O Relatório de Sustentabilidade 2022 do banco cooperativo Sicredi aponta que, no ano passado, R$ 34,2 bilhões foram destinados à economia verde, por meio de linhas de crédito alinhadas a ações relacionadas à melhoria do bem-estar das pessoas, à igualdade social e à redução dos riscos ambientais e escassez ecológica. Um crescimento aproximado de 24% em comparação com 2021. Desse total, R$ 6,1 bilhões foram destinados para linhas voltadas à Energia Renovável e Sustentabilidade Ambiental.

Atuando há 30 anos na região Nordeste, as cooperativas da Central Sicredi Nordeste aportaram, em 2022, mais de R$ 145 milhões em contratos de financiamento de energia solar nos nove estados da região, somando 1.263 beneficiados, entre empreendedores de todos os portes e também pessoas físicas. No final de 2022, o saldo em carteira dessas operações pelas cooperativas de crédito era de R$ 338 milhões.

Marcos Barbosa, consultor do Ciclo de Crédito da Central Sicredi Nordeste, explica que a cooperativa possui modelos de financiamento para projetos de energia solar e ainda seguro para equipamentos de energia solar (por exemplo: placas fotovoltaicas e componentes), que cobre danos materiais decorrentes de causa externa, além de roubos ou furtos qualificados. “A grande vantagem da utilização da energia solar, principalmente no âmbito corporativo, é que, além de estar contribuindo para a melhoria do clima, ter o nome associado à boas práticas de sustentabilidade e preservação do planeta, isso ainda contribui para a melhoria da imagem da empresa como um todo”, afirma Marcos Barbosa.

Equipamentos mais acessíveis e tempo de retorno em menos de 5 anos

Hoje, mais da metade dos novos sistemas apoiados pelo Sicredi são de famílias das classes B e C. E até mesmo a presença das pequenas e médias empresas como grandes consumidoras de energia solar aponta que os painéis já não são para poucos. Os estabelecimentos que mais procuram o apoio para aquisição de equipamentos de energia solar são os de cultivo de soja, criação de bovinos, restaurantes e similares, condomínios prediais, minimercados e armazéns.

“Tendo em vista que o produto dura mais de 20 anos e que o tempo de retorno do investimento é de quatro anos e meio para cinco anos, com baixa manutenção dos equipamentos, a instalação vale a pena. Além disso, imóveis sustentáveis valorizam até 30% e o consumidor reduz sua dependência e custos com as redes de energia elétrica de concessionárias”, explica Thiago Rossoni, superintendente de Crédito e Negócios do Sicredi.

O executivo reforça que além da sustentabilidade, o uso da energia solar é atraente por conta da economia que gera. “As despesas podem reduzir drasticamente e, com isso, é possível realocar essa economia para novos investimentos e aumentar sua competitividade em seu mercado de atuação. Vemos com entusiasmo a ampliação de iniciativas para o desenvolvimento sustentável, aquele que gera impacto positivo não apenas econômico, mas social, ambiental e climático”, finaliza.

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