Segundo o “Panorama do bem-estar corporativo 2022”, divulgado pelo Gympass, 83% dos funcionários acreditam que o bem-estar é tão importante quanto o salário. Essa mudança na expectativa dos colaboradores quanto aos benefícios e programas de apoio oferecidos pelas empresas fez com que as iniciativas de bem-estar amplas e centradas no colaborador se tornassem estratégias centrais obrigatórias para a maioria das companhias. Elas passam a ter um papel fundamental para qualquer empresa que planeja manter ou alcançar uma vantagem competitiva, fortalecer a marca perante seus talentos e reduzir despesas com rotatividade.
Segundo dados da Aflac, 70% dos profissionais inscritos em um programa de bem-estar corporativo relatam “maior satisfação no trabalho”. Mas os benefícios não são apenas para os colaboradores. Este tipo de ação também gera impacto nos resultados, segundo mostrou o ranking “HERO Employee Health Management Best Practices Scorecard”. Nele, empresas de capital aberto com pontuação alta tiveram uma valorização de 235% em suas ações em relação à valorização de 159% pelo índice S&P 500 em um período simulado de seis anos.
Mas medir os resultados dos planos de benefícios não é tão simples. É por isso que o Gympass, plataforma de benefícios corporativos, junto com o Wellz, solução de saúde mental do Gympass, reuniram quatro passos para que os times de RH possam aferir as melhorias e o impacto no negócio dessas ações.
-
Definir indicadores que mostrem claramente o ROI
O ROI (retorno sobre o investimento) costuma ser a maneira mais fácil de mensurar programas de bem-estar uma vez que os dados são quantitativos, bem definidos e podem ser acessados com o uso de ferramentas e sistemas. Por exemplo, as empresas já sabem exatamente quanto gastam com assistência médica e quais serviços recebem por esse valor.
-
Definir indicadores que mostrem claramente o VOI
Mensurar o VOI (valor sobre o investimento) do bem-estar pode ser ainda mais estratégico quando as avaliações iniciais do ROI apresentam resultados positivos. A razão é que o VOI é voltado para aspectos da saúde geral da empresa a partir de fatores subjetivos e qualitativos. Por esse motivo, também é mais difícil e mais caro mensurar o VOI corretamente.
Um bom indicador de VOI é o engajamento dos colaboradores, que pode ser mensurado com pesquisas de satisfação em relação à empresa e ao local de trabalho, como o Employee Net Promoter Score (eNPS); avaliando as taxas de participação e engajamento; analisando tendências nas respostas às entrevistas de admissão e demissão; checando as taxas de rotatividade de colaboradores e criando grupos focais.
-
Usar os dados de forma estratégica
Os indicadores de sucesso ajudam a identificar melhor as áreas de melhoria e a determinar quais aspectos do programa são mais eficazes e quais podem ser aprimorados. Isso é fundamental para desenvolver uma estratégia que maximize o retorno futuro com o aumento do bem-estar dos colaboradores.
Os dados coletados podem ser usados como critérios de referência para avaliar o desempenho da empresa ao longo do tempo. Ao analisar as tendências na equipe, é possível identificar oportunidades de mercado importantes e melhorar a eficiência dos programas de bem-estar. Ter uma compreensão clara do impacto dos benefícios ajuda a tomar decisões mais bem fundamentadas e usar isso como uma vantagem competitiva.
-
Ter um plano estratégico para o futuro
Depois de coletar e analisar dados quantitativos e qualitativos sobre as iniciativas de bem-estar, é preciso traçar um plano para o futuro. Um programa de sucesso não se mantém por conta própria e as necessidades dos colaboradores estão em constante evolução. É fundamental acompanhar todas as mudanças que afetam o ambiente corporativo e garantir que as iniciativas respondam aos anseios identificados. O monitoramento contínuo do ROI e do VOI pode ajudar a manter os benefícios para a saúde e qualidade de vida atualizados, adequados às necessidades dos colaboradores e mais vantajosos em relação às empresas que atuam no mesmo setor.