São Paulo reutiliza prédios históricos e mantém construções preservadas

São Paulo reutiliza prédios históricos e mantém construções preservadas
São Paulo reutiliza prédios históricos e mantém construções preservadas

A cidade de São Paulo comemorou 469 anos em 2023 e ao longo do tempo diversos prédios se tornaram importantes para a arquitetura da cidade. As construções mais marcantes seguem conservadas e são usadas pelos moradores e pela Prefeitura da metrópole para novas finalidades. 

Mesmo com novos propósitos, os prédios seguem preservados e ainda guardam marcas da história da arquitetura e desenvolvimento de São Paulo. A maioria está no centro da cidade, eles podem ser conhecidos pelo público através de visitas guiadas e foram tombados como patrimônio histórico.

Entre eles estão o Centro Cultural do Banco do Brasil, o Edifício Guinle e o Edifício Martinelli. Cada um deles foi criado com um objetivo e, após anos de uso e restaurações, hoje são reutilizados pelos moradores, fazendo parte da rotina da cidade. 

 

Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB): Localizado no centro da cidade, o prédio foi inaugurado em 1901, mas se tornou popular quando foi adquirido pelo Banco do Brasil, em 1923. O edifício foi reformado com base no projeto de Hippolyto Pujol e passou por novas obras até 1927. A agência funcionou no local até 1996, quando uma repaginação transformou a construção no centro cultural que foi inaugurado em 2001. Atualmente, o prédio oferece visitas guiadas, exposições, teatro, cinema e outras atrações. 

 

Edifício Guinle: Também projetado por Hippolyto Pujol e localizado no centro da capital paulista, o Guinle é considerado o primeiro arranha-céu da cidade. Inaugurado em 1913, ele tem 7 andares e 36 metros, altura fora dos padrões para a época em que foi construído. Inicialmente, ele seria sede paulista para os negócios da família carioca Guinle & Cia, mas atualmente abriga a loja, estoque e sala de reuniões da empresa Mundial Calçados.

 

Edifício Martinelli: O projeto foi inaugurado com 12 andares em 1929, após cinco anos de obras. No entanto, a conclusão da construção foi apenas em 1934, quando o prédio atingiu 30 andares e 105 metros de altura. Com o passar dos anos, o edifício passou por muitas mudanças sociais. Em sua fundação era considerado um prédio de luxo, sendo ocupado por hotéis, clubes, partidos políticos, restaurantes, jornais e boates. No entanto, com a chegada da década de 60, a precarização chegou ao edifício, que enfrentou o colapso dos elevadores, acúmulo de lixo, domínio do crime organizado e casos de assassinatos. Apenas em 1975 o Martinelli passou por remodelação e voltou a receber os devidos cuidados. Atualmente tem sua volumetria e fachada tombadas, além de ser 80% de domínio da prefeitura, abrigando a SP Urbanismo, a Secretaria de Habitação e outros órgãos municipais.

 

Arquitetura e São Paulo 

A cidade é conhecida por ter seus prédios históricos como um grande atrativo para quem se interessa por história, arte e arquitetura. Seja como protagonistas de obras e fotografias ou como sede de eventos culturais, os edifícios seguem fazendo parte da agenda de quem mora e visita São Paulo. 

“Além da segurança, os cuidados com os prédios históricos que temos em São Paulo são necessários para preservar a história da nossa cidade e estado. É fundamental que sejam mantidos os mais altos padrões de manutenção e restaurações prediais”, explica o engenheiro Paulo Sérgio Ramalho, diretor da franquia Repinte. 

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