O X entregou os documentos e pediu misericórdia ao STF para que a rede social volte ao ar no Brasil

Empresa afirma que cumpriu todas as ordens do ministro Alexandre de Moraes, como nomeação de representante e pagamento de multas

 

Em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados do X (antigo Twitter) informaram que a plataforma cumpriu todas as ordens judiciais emitidas pela corte e solicita que o acesso ao serviço da empresa seja liberado no Brasil. Entre as determinações cumpridas, de acordo com a entidade, estão a suspensão de perfis acusados de crime e o pagamento de multas. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

No documento, os representantes da plataforma afirma que “o X adotou todas as providências indicadas por Vossa Excelência como necessárias ao reestabelecimento do funcionamento da plataforma no Brasil”.

A rede social está bloqueada desde agosto, quando o sócio majoritário da empresa, o bilionário Elon Musk, fechou o escritório da empresa em São Paulo e demitiu todos os funcionários, alegando perseguição por parte do Supremo. Musk disse que recebeu ameaça de que seus funcionários fossem presos por descumprimento de ordem judicial.

Sem representação no Brasil, a plataforma foi suspensa por ordem do Supremo. Porém, tanto advogados quanto uma executiva foram nomeados na última semana. O X foi multado em R$ 18 milhões em agosto por conta do descumprimento das decisões. No entanto, se recusou a pagar os valores. O ministro Alexandre de Moraes, então, bloqueou as contas do serviço no Brasil e estendeu a decisão de indisponibilidade de recursos para a Starlink – empresa que fornece internet via satélite.

As instituições bancárias cumpriram a ordem do ministro e os recursos foram bloqueados, as multas pagas e os valores enviados aos cofres da União. A X Brasil Internet Ltda apresentou uma petição informando ao Supremo que estava constituindo os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal como os novos representantes legais da empresa.

No entanto, os documentos que formalizam o ato não foram enviados, o que fez Moraes abrir prazo de 24 horas. A obrigação de empresas estrangeiras terem representantes legais no Brasil está prevista no Código Civil. O acesso ao X foi cortado para todos os usuários e o magistrado aplicou multa de R$ 50 mil por dia para quem acessar por rede privada (VPN) ou por outro meio que caracterize o uso de “subterfúgios tecnológicos” para burlar a determinação judicial.

Os advogados que assinaram a petição foram Fabiano Robalinho Cavalcanti e Caetano Berenguer (Bermudes Advogados), André Zonaro Giacchetta e Daniela Seadi Kessler (Pinheiro Neto Advogados) e Sérgio Rosenthal (Rosenthal Advogados Associados).

 

anúncios patrocinados
Anunciando...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.